Até havia esquecido de publicar a Síntese do Portfólio de Aprendizagem, mas mesmo um pouco atrasada postei a atividade aqui, pois ela foi o grande desafio da semana. Ainda bem que já recebi os comentários da prof Hilda Jaqueline e estava tudo OK, agora preciso apenas colocar e refazer algumas atividades e então ao me dedicar ao trabalho de como fazer para defender minha prática pedagógica perante meus colegas e professores, mas essa é minha preocupação para o final de semana, pois é muito importante e preciso dedicar um bom tempo a ela.
Após um semestre trabalhando e estudando sobre ESPAÇO e TEMPO, me peguei de surpresa, achando que não saberia definir ESPAÇO. Então, recorri ao dicionário. ESPAÇO: Distância entre dois pontos, ou área ou volume. 2. Lugar mais ou menos bem delimitado, cuja área pode conter alguma coisa. 3. Extensão indefinida. 4. A extensão onde existe o sistema solar, as galáxias, o Universo. 5. Período ou intervalo de tempo.
Bom, agora me situei um pouco e tenho condições de refletir um pouco. Para mim, TEMPO, significava algo que podia ser cronometrado, ou então, algo do passado, distante; naquele tempo: as pessoas pensavam e agiam de tal maneira; tinham um modo de viver e vestir diferente, característicos daquela época, mas o que isso poderia interessar para crianças que nasceram na época da tecnologia, na era digital em que as notícias e os fatos são instantâneos e onde tudo é para já, imediatamente. Vivemos a era do imediatismo, onde tudo está ao nosso alcance, basta acionarmos um botão ou estarmos conectado a uma rede de internet. Através de um simples clicar de botão fico sabendo o que está acontecendo na cidade, no país, no mundo; até já visitei museus do mundo inteiro sem sair de casa, sentada em frente a um monitor. A poucos dias, através do Google Hart visitei a cidade de Ariquemes, em Rondônia , onde morei na década de 80 e tive oportunidade de comparar com as da fotografias da época e perceber as mudanças e o progresso ocorridos de lá para cá. Que já visitei também nessa mesma ocasião a cidade de Arapongas no Paraná onde estarei entre os dias 26 e 30/06 e que já sei onde se situa o hotel onde me hospedarei e outros lugares por onde preciso me deslocar quando lá chegar.
O que poderia interessar para meu aluninho saber como seu vovô ou vovó viviam? Que cavalgavam horas e horas, dias e dias no lombo de um cavalo ou de um burro para deslocar de uma localidade a outra? Ou o que poderia lhes interessar sobre um documento antigo, um mapa amarelecido pelo tempo?
E o bairro? Ah, o bairro! O bairro para mim era território proibido, “minado”, distante, só interessava e dizia respeito a minha colega de 2ª série. Eu e meus nos limitávamos a apreciar as maquetes feitas pelas outras séries, pois isso não estava no currículo da 1ª série e nem sequer sabia por onde iniciar a trabalhar. Mas aos poucos, por ironia do destino, ironia do destino? Comecei a trabalhar a sala de aula, à princípio, representada por caixas de fósforos para que meus alunos desenvolvesse as noções de lateralidade, de distância, de espaço. E agora, como trabalhar a planta baixa da sala de aula? O que é mesmo planta baixa? Ah! É a maneira como enxargamos as coisas, olhando de cima para baixo. E, para minha surpresa, aprendemos, eu e meus alunos, que se fizéssemos o contorno das caixinhas de fósforos, obteríamos a planta baixa de nossa sala de aula. “Alunos e professores são companheiros nesta grande aventura de aprender – são dois que não sabem – aluno/professor que juntos vão construir seus saberes com muita alegria e sabores”.
Mas, só isso não bastava , faltava ainda o bairro, meus alunos diziam que moravam na rua Cristal, mas como se Cristal é o bairro e não a rua.? Como clarear toda essa confusão em suas cabecinhas? Fizemos, então, a volta no quarteirão onde está situada a Escola, situamos as ruas, o mercado, o Posto de Saúde a escola, nossa vizinha,
A Eliseu Pagliolli. Mas, o semestre já vai longe e eu ainda não abordei Estudos Sociais com meus alunos. Tudo isso que descrevi, trabalhei em Matemática. Sem falar em Educação Física onde brincamos de estátua, pára-congela, coelho saiu da toca; deitamos no chão, desenhamos nossos corpos em diversas posições, em papel pardo, depois, trouxemos para a sala de aula e lá se encontram afixados no mural, parecidos conosco, com olhos, cabelos semelhantes aos nossos e ao lado deles colocamos o nome de nossos avós, pais e irmãos e os nossos também, é lógico...
Mas que “diacho” até agora não consegui trabalhar Estudos Sociais com meus alunos; também juro não deu nenhuma folhinha mimeografada, daquelas que tenho guardadas em minhas gavetas dos “principais vultos e heróis da nossa História”.
E, sabem o que estamos fazendo agora? Colhendo dados para elaborarmos o mapa do trajeto que percorremos todos os dias até chegarmos à Escola, para depois quando o Laboratório de Informática estiver em funcionamento podermos visitar o Google Hart e visualizarmos melhor esses trajetos, bem como, nosso bairro, cidade e país.
Imaginem, e eu que pensava que não havia trabalhado Estudos Sociais com meus alunos, as interdisciplinas estão tão interligadas umas com as outras que nem havia me dado conta que havia trabalhado Estudos Sociais o tempo todo, juntamente com Matemática, Educação Física e que apenas por exigência da interdisciplina de Matemática havia trabalhado todos esses conceitos nessa interdisciplina, mas que as sugestões das atividades tinha buscado na interdisciplina de Estudos Sociais.
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