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domingo, 11 de outubro de 2009

Seu nome é Jonas


Escolhi essa postagem porque este filme é comovente e também porque embrou-me um "caso" que existe na escola de um menino que se comunica apenas por gestos e é extremamente comunicativo, expansivo e adora dançar.
Não é meu aluno, mas está seguidamente na minha sala de aula. Já insisti junto a direção e equipe pedagógica. Atualmente contamos apenas com um profissional para fazer esses encaminhamentos para o NASCA e casos semelhantes a esses ficam sem diagnóstico por longo tempo.
Bem, vamos ao relato do filme e também alguas considerações e reflexões feitas.

Seu nome e Jonas


A história de Jonas nos mostra uma realidade bem presente e atua onde a discriminação e também a falta de informação são os pontos mais cruciais na vida de qualquer pessoa surda. Esse quadro de desinformação e descriminação predomina ainda hoje não só nas famílias de classe menos favorecida econômica e culturalmente, mas também nas famílias de classe média e alta que apresentam melhores condições financeiras e que poderiam optar por profissionais de qualidade na busca de um diagnóstico mais preciso.
Também muitas vezes, os profissionais ( médicos, psicólogos e terapeutas) tem dificuldade de precisão no diagnóstico prejudicando e comprometendo com isso o desempenho cognitivo e social de qualquer desses indivíduos.
Antigamente, não se viam pessoas deficientes, pois elas eram “escondidas” dentro de suas casas, asilos, instituições de caridade ou manicômios, pois ao apresentarem qualquer sintoma ou característica que não condiziam com as “ditas” pessoas normais eram considerados “loucos” ou “deficientes mentais” e incapazes de qualquer tipo de aprendizagem ou socialização.
Junte se a isto a rejeição e a culpa que muitos pais sentem por gerar um filho “deficiente”, surdo. Tudo isto dificulta e retarda todo o desenvolvimento da criança surda, pois quanto mais cedo ela for entendida como um ser capaz, como qualquer outra pessoa, e que se diferencia apenas por utilizar outra forma de comunicação, ou seja, a língua de sinais.
Com Jonas não foi deficiente por conta dessa mentalidade cultural e histórica de nossa sociedade, foi rejeitado e abandonado por sua família numa clínica, local que em nada contribuía para a superação de suas dificuldades.
Finalmente, após três anos de permanência na clínica o médico percebe que Jonas não apresenta nenhuma característica para ser considerado com problemas mentais e sugere sua volta ao lar. De regresso, embora o esforço de parentes ( irmão, avós, tios) não “lembra” de mais nada e mostra-se distante e ausente.
Inconformada sua mãe tenta um novo diagnóstico onde fica constatada sua surdez e passa então a fazer uso de um aparelho de surdez, incômodo, que é colocado junto ao seu corpo e que em nada lhe ajuda na comunicação e compreensão e integração com os demais e com o mundo que o cerca. Fato que o torna muitas vezes agressivo, não obstante seu enforco em fazer se entender através da emissão de sons ou gestos.
Frente a toda essa situação e já tendo o diagnóstico de surdez sua mãe resolve colocá-lo numa escola de surdos que adota a metodologia da leitura labial onde Jonas era “forçado” a falar e expressamente proibido de usar a língua de sinais, pois professores e orientadores pedagógicos consideravam essa modalidade de comunicação discriminatória e dessa forma, o menino jamais se livraria do estigma de surdo.
O pai mantinha-se alienado frente toda essa situação, embora muitas vezes integrá-lo à sociedade, levando-o a algumas atividades esportivas, juntamente com seu irmão. Mais uma vez lá Jonas era vítima de preconceito e discriminação por parte dos amigos de seu pai que não permitiam que participasse das atividades. (Sociedade ingrata e cruel, essa)!
O pai não acreditava na potencialidade de seu filho, considerava-o incapaz de jogar bola, andar de bicicleta como qualquer garoto de sua idade, a ponto de chamá-lo de “retardado” e suplicando a sua mulher que o internasse novamente na clínica. Diante da resistência da esposa resolve abandoná-los.
A mãe do menino, no entanto, não desistia dele e, embora enfrentasse muitos de sentimentos contraditórios, ora de culpa, ora de desespero. Buscava incessantemente torná-lo mais feliz essa oportunidade surgiu justamente na trajetória para a escola e percebeu um casal e uma criança que faziam o uso da língua de sinais e percebeu que eram pessoas bem resolvidas.
Numa visita ao clube de surdos ela e sua amiga que também tinha um filho surdo se surpreenderam com o ambiente alegre e descontraído onde as pessoas se comunicavam através da língua de sinais. Percebeu então que esse era o caminho para seu filho não se sentir um “alienígena” e matriculou-o numa nova escola que fazia uso dessa língua e de outras peculiaridades da cultura surda. Então, Jonas pode desenvolver o pertencimento e a identidade a que tanto desejava que só foi possível com o domínio e o uso da Língua de Sinais- LIBRAS.

domingo, 21 de junho de 2009

Preparação para o Workshop

Também essa semana damos início a construção do já tradicional workshop. Precisamos escolher um filme. Eu já escolhi o primeiro que assisti: "Pro dia nascer feliz" e em cima de uma cena escollhida refletir sobre os conceitos construídos durante o semestre e a nossa prástica pedagógica. Vou agora mesmo dar início as minhas reflexões e tentar colocar algo no "papel", pois precisa estar pronto até segunda-feira. Parece muito tempo, mas tenho muitas outras atividades fora da escola que preciso participar e, portanto, meu tempo é escasso. ENTÃO VAMOS LÁ!!!

domingo, 10 de maio de 2009

Filme O Clube do Imperador

Pasmem contei para meus lunos de 2º ano o enredo do Filme " O Clube do Imperador" e eles querem assisti-lo. Não vou perder essa oportunidade. Amanhã mesmo vou até a locadora para pegar novamente o filme e tentar passar para eles, pois ficarma muito interessados na história e argumentaram que se vissem o file poderiam entender melhor o meu relato.

Olha ai, meus pequenos argumentando e emitindo juízo de valores

domingo, 3 de maio de 2009

O Filme: Clube do Imperador

Clube do Imperador, o filme.
Assisti várias vezes o filme, em primeiro lugar pela necessidade da atividade que tinha que realizar, mas também pelo prazer de assistir.
UM filme com um visual muito rico, mas mais rico em mensagens. Há o tempo todo, em toda trama do filme um confronto moral entre seus protagonistas.
Onde o professor, no final se considera um fracassado por não conseguir modificar os tracos de caráter de seu aluno, segundo ele: desonesto e mentiroso.
Porém, sabemos que o trabalho do professor, diferente de um outro trabalho qualquer requer persistência, perpiscácia e acima de tudo retidão de caráter.Educa-se, sim, com plavras, mas sobretudo, com exemplos e muitos vezes o reflexto desse trabalho só acontece anos depois quando o aluno já não está presente no contexto da sala de aula o que ficou evidente no final do filme
Confirmando assim, a postura e convicção do professor de que o aprendizado possa mudar o caráter do aluno quer seja ele um garoto ou um empresário bem sucedido já na maturidade de seus 30 anos, a qual reforço com a máxima do próprio Sócrates: “o importante, não é viver, mas viver em retidão”.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Semana de 12/11 a 18/11


13/11/2007 04:38:17
RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE

Neuza,
Acabo de assistir novamente a este belíssimo filme, ao qual recomendo a todos. Li novamente as postagens e pude reavaliar melhor nossas colocações. Você disse que não havia aprendizagem porque o professor não se preocupava com os conhecimentos anteriores dos alunos. Sobre isso gostaria de observar duas coisas. Naquele momento histórico muito daquilo que pensamos hoje não existia, Piaget, por exemplo, estava desenvolvendo seus trabalhos mas estava muito longe de ser conhecido em âmbito internacional e no meio educacional. Mesmo assim poderíamos considerar que ele buscava isso, perguntando, por exemplo, ao leitor do poema qual a interpretação dele sobre uma das expressões. Quando diz que o desenho do espiral no quadro não chamou a atenção dos alunos, também tendo a discordar. Neste momento o único aluno mostrado pelas câmeras é Mocho, que está com seus olhos arregalados de curiosidade. Você diz que não houve interação professor-aluno, e coloca que se houvesse Mocho não teria o apedrejado. Bem, acho que o filme mostra diversas vezes esta interação, muito forte por sinal, e o motivo pelo qual a criança o apedrejou não foi essa \"falta de interação\", mas foi pelo mesmo motivo que o pai de mocho blasfemava contra seus próprios amigos.
Bem, essas foram algumas de minhas impressões sobre o filme, acho que o professor não demonstrava \"dar de ombros\" em suas tentativas de ensinar. Isso se refletia nas falas de Mocho quando falava sobre as batatas, a Austrália, ou em pequenos detalhes, como quando o professor entregou uma flor a Mocho para que levasse a sua amiguinha, mocho lembrava do pássaro e sabia que ele levava uma orquídea para sua fêmea, mas aquela flor que o professor lhe entregara não era uma orquídea. Por fim, nós dois tínhamos razão, Mocho chama o professor no final do filme dos dois nomes, do passarinho e de \"espirotromba\".



14/11/2007 21:23:56
NEUZA TEREZINHA DA ROCHA

Tutor Renato, independente da epoca em que o filme se passa ou pelo fato das idéias de Piaget ainda não serem difundidas, continuo com a minha opinião de que uma aula não é dada para um único aluno, mas para uma turma inteira.
Você insiste que havia aprendizagem, então porque agora temos que mudar a nossa maneira de dar aula, se à antiga funcionava tão bem? Então vamos rasgar tudo o que aprendemos até agora e continuar como antigamente, pois era mais fácil, menos trabalhoso e o resultado, segundo você era tão ou mais eficiente do que atualmente.
Também cheguei a conclusão que não devo postar meu trabalho no webfolio não vou mudar minha opinião frente aos seus argumentos.
Neuza, adoro quando as discussões começam a ficar acaloradas, isso nos estimula a participar com paixão, a pensar e a desacomodar... sinal que estamos mudando!! Não compreendi sua pergunta. Vocês estão mudando a maneira de dar aula em relação a quem, aos outros ou a vocês mesmos? Antiga forma de quem dar aula? Acho que não podemos considerar que somos mais inteligentes do que as pessoas que viveram no passado, somos apenas mais adaptados ao nosso presente. Não podemos considerar que todos os professores ensinavam da mesma forma, assim como não ensinam da mesma forma hoje. Isso, em minha opinião, nos faz mudar em relação ao que somos, não ao que os outros são. Não dizemos que cada aluno é parâmetro para si mesmo? Então, como fica isso se nos pensarmos nesta relação? Gostaria que me apontasse onde disse que o resultado era tão ou mais eficiente que atualmente. Neuza, não peço que mude sua opinião com os meus argumentos, não desejo isso de forma alguma. Quero, isso sim, é que através de meus argumentos você questione os seus argumentos e sua forma de pensar, e que questionando-os tenha novas dúvidas e busque novas respostas para aquelas respostas que não fizerem mais sentido. Caso todas as suas respostas continuem fazendo sentido depois disto, então que você fortaleça seus argumentos buscando dar respostas para as contradições que trago neste debate. Você acha que vou dar \"errado\" em seu trabalho se ele não estiver de acordo com minha opinião? Vou desconsidera-lo por isso? Você sabe muito bem que não, e que nunca fiz isto, não é minha forma de conduzir a mediação do conhecimento. Ou você não concorda? O que te leva a pensar que seria melhor não postar sua atividade? Ou você acha melhor eu não lhe dizer, ou não dizer a outro colega, as idéia que não concordo? Acho que o fórum está ficando muito bom, adoro ver o circo pegar fogo. Mas acho que falta muita gente do grupo a participar.
. Tutor Renato o professor para época em que leciona era bastante \"avançado\", pois levava seus alunos para fora da sala de aula, o que já era considerado uma atitude \"genial\" para a época. Quando vivenciamos o dia-a-dia de uma sala de aula vemos as coisas com outros olhos, por outro ângulo, só isso.Não me considero nem mais nem menos do que ninguém, nem sequer me considero inteligente ou mais capaz do que ninguém. Sou e sempre fui uma aluna interessada e uma professora bastante dedicada, talvez muitas vezes agindo de maneira errada com meus alunos, pois os meios não justificam os fins e, talvez eu seja meio maquiavélica. Quando digo que quando agimos em sala de aula vemos as coisas por outro ângulo, vou relatar uma atividade recente. exemplo Por sugestão da professora de Artes Visuais, trabalhei Velazquez com meus alunos e o resultado foi maravilhoso, nem eu imaginava que eles, alunos de 1ª série, fossem capazes de analisar uma obra de Arte, atentando para detalhes como fizeram e a releitura da obra foi feita com muita criatividade a bisavó de um dos alunos visitou a sala de aula e não acreditou que os trabalhos foram feitos por eles.Mérito meu? Não, a produção foi deles e eu nem sequer criei a atividade, apenas aproveitei uma sugestão da professora. Só que acredito que a atividade foi orientada para que isso acontecesse, o que, na minha opinião, o professor do filme não soube fazer. Ele tinha um mundo vasto, riquíssimo pela frente para explorar e não o fez, inclusive poderia ter trabalhado outras disciplinas junto.
Acho que o professor tinha boa vontade, mas deixava muito a desejar.
O filme dava enfoque o menino Moncho que já entrara na escola sabendo ler e escrever e que também já havia desenvolvido o gosto pela leitura, diferentemente de um de seus colegas que não sabia resolver os problemas de matemática.Eu não consigo ver a aprendizagem sobre o ângulo de um único aluno, é preciso considerar todos, com suas vivências, realidade e conhecimentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Gostaria de achar uma saída honrosa para mim, mas depois de todo este debate, enquanto estava pesquisando algumas cenas do filme para colocar no meu portfolio de aprendizagens li algumas considerações de outros professores que assistiram ao filme e também mediante toda a eloqüência do tutor Renato não posso ser “o soldado do passo certo” tenho que concordar que havia uma interação aluno-professor, que foi conquistada no momento em que Don Gregório, percebendo que não havia agido corretamente com Moncho, no seu primeiro dia de aula, provocando que todos os alunos chamassem o menino pelo seu apelido “Pardal” e que frente a esta situação fez xixi nas calças, saiu correndo e se escondeu na mata e só foi encontrado à noite.
D. Gregório teve a sensibilidade de perceber e reparar o seu erro, quando foi a sua casa e fez questão de lhe pedir PERDÃO, tornando possível a volta de seu pupilo às aulas.
Também o menino o admirava pela sua grandeza de caráter e pelos seus gestos de dignidade, no momento em que o professor não aceitou o suborno oferecido pelo pai de Roque que mandou presenteá-lo com dois galos para que ensinasse seu filho a resolver os problemas de matemática.
A aprendizagem não acontece só através da construção de conhecimentos, mas também por exemplos, atos e ações que contribuem significativamente para a formação de um indivíduo capaz de saber o que quer e reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na sociedade e, principalmente no mundo atual tão carente de exemplos e referências, cabe ao professor fazê-lo
E também ficou evidente a aprendizagem em várias situações e relatos que o menino Moncho comentava sobre assuntos referidos em sala de aula, por exemplo, no momento em que após a leitura de um livro faz referências as raças branca, negra e amarela e que todos são iguais e têm os menos direitos, indiferente de raça, cor ou classe social.
E também levando em consideração que embora o professor contemple a todos com uma determinada atividade, todos aprendem de maneira diferente e que também em nossas escolas existem alunos diferenciados como Moncho e que aproveitam melhor.
as oportunidades que lhe são oferecidas na construção do seu saber, ficou evidente durante todo o filme que aprendizagens aconteceram.
Com certeza o professor em toda sua bondade entende o gesto de seu aluno que o apedreja, mas há em seu semblante uma expressão de profundo pesar, tristeza e consternação que deixou meu CORAÇÃO PUNJIDO E CHEIO DE DOR.

domingo, 11 de novembro de 2007

Semana de 04/11 a 11/11

Assisti ao filme “A Língua das Mariposas”. O filme acontece na Espanha, não sei precisar bem a época, mas as salas, os cartazes, as portas, as “pastas” onde os meninos carregavam seus materiais, o uniforme: calças curtas com suspensório; uma classe composta só por meninos, remonta a algumas décadas atrás.Apesar das aulas de “História Natural” acontecerem no bosque, próximo à escola e apresentar um vasto campo a ser explorado, tanto pelo professor como pelos alunos, não acontecia aprendizagem porque o professor não se preocupava com os conhecimentos anteriores do aluno e não os instigava a construir suas aprendizagens.O professor se limitava a fornecer informações, a dar respostas prontas. Afirmava, por exemplo que as mariposas tinham a língua em forma de espiral e apenas se limitou a desenhar, com mãos trêmulas no quadro, uma espiral que não chamou a atenção dos alunos e nem despertou interesse, pois aquele simples desenho não significava nada para eles daquela forma isolada como foi apresentada, mas dentro de todo um contexto poderia ser algo instigante , emocionante que poderia levar o professor e seus alunos a inúmeras descobertas e a construírem e ampliarem juntos os seus conhecimentos e “saberes”.Antes de partirem para o bosque os alunos orientados pelo professor deveriam ter feito uma pesquisa com embasamento científico: ( espécies, variedades, reprodução, porque as mariposas têm a língua desta forma, etc) e só então, partir para a comprovação e experimentação desses fatos levantados e estudados, inclusive com a coleta de espécies para serem mais e melhores exploradas em laboratório, isso sem esquecer a quantidade imensa de outros animais que poderiam ser estudados. ( Que material rico tinha este professor em suas mãos e que não soube explorar).Tardif em “saberes, tempo e aprendizagem do trabalho do magistério refere-se que o tempo e a prática são grandes aliados do professor, na medida em que trabalhar remete a dominar progressivamente os saberes necessários a realização do trabalho.Mas, é importante salientar que só a prática e boa vontade não são suficientes. O professor necessita se atualizar, aprender novas técnicas e novas teorias, novos embasamentos científicos para poder aliar à sua prática docente e também não esquecer que a troca entre os pares, a integração entre os colegas são essenciais e imprescindíveis na prática educativa.Pobre professor velho e pobre velho professor vivia isolado numa comunidade onde nada disso era passível de acontecer!!! Por isso, não aconteceu aprendizagens não sequer interação aluno-professor, pois se isso tivesse ocorrido, seu pupilo preferido, o menino Moncho, não teria sido o primeiro a apedrejá-lo quando foi condenado por suas idéias comunistas. O filme terminou de uma maneira muito trágica e triste e, não poderia ter sido diferente, num contexto onde não havia um diálogo entre o professor e os alunos, embora o professor tentasse e a cada tentativa frustrada dava de ombros, se calava e não conseguia sequer agregar seus alunos e descortinar o fantástico mundo de aventuras que todo aquele meio e que toda aquela realidade abarcava em suas entranhas.Segundo Paulo Freire despertar o desejo intrínsico que toda criança tem de aprender são imprescindíveis e decisivos na formação de indvíduos livres e pensantes, portanto, capazes de reivindicar seus direitos e seus deveres.

Tutor Renato, você sempre nos questionando, acho uma boa a sua iniciativa, pois até agora não tive com quem interagir, você é o primeiro.Que bom se tivesse um bosque onde pudesse interargir com meus alunos!!!Muito obigado pelo esclarecimento quanto a épocaem que aconteceu o filme, isso representa a minha falta de cultura, se não saberia a época em que o filme acontecia e a qual guerra se referia.Percebi uma falta total e interesse dos alunos que deram de ombros quando o professor mencionou que se aproximava a primavera e que entã passariam a ter as aulas de História Natural no bosque. Observando esta atitude dos alunos sugeri que então o professor deveria primeiro instigar seus alunos, despertar interesse peloa assuntoo e pensei que uma maneira para isso, seria antes fazer uma pesquisa mais científica sobre as mariposas. Além disso, quem disse que os alunos se interssariam pela mariposa, quando existe uma variedade imensa de outros insetos no bosque? Neste sentido vejo um professor que não estava preocupado com os conhecimentos adquiridos anteriromente por seus alunos, que possivelmente, não desconheciam a existência do bosque.A demais me deu a impressão que os alunos corriam feitos moscas tontas das mariposas para os formigueiros estonteados durante toda aquela exuberância da natureza. Acho que a visita ao bosque deveria te sido programada anteiormente pelo professor. Talvez eu ainda esteja falando uma coisa e agindo totalmene diferente, mas acho que o professor deve ser o orientador , o fio condutor de qualquer atividade para que a aprendizagem seja efetivada.Quanto a interpretação do filme acho perfeitamente normal que as pessoas divergiam em opiniões, o filme não é diferente de uma obra de arte e cada um a interpreta de sua maneira, de acordo com sua experiências e vivências e com seus conhecimentos anteriores.
08/11/2007 22:49:03
Continuando, acho que na aula não havia apenas um único alunos, mas vários outros e o Moncho era um aluno que gostava de ler, a leitura fazia parte da sua vida, mas e os outros alunos, qual era a realidade desses alunos? O professor também presenteava os outros alunos com livros?Eu tive impressão que nem o próprio Moncho se interessava pela língua das mariposas, pois bem no momento em que o professor iria lhe mostrar a forma da língua da mariposa, ele saiu correndo, atraído pela voz de seus colegas e também pelo seu interesse na menina, irmã de seu colega e que o professor se limitou a balançar a cabeça e soltar a mariposa.E acho que no final do filme quando Mocho apedrejava o professor ele não o chamou pelo nome cient´fico da l´ngua da mariposa, mas sim pelo nome do pássaro ou animal que quando estava apaixonada presenteava a fêmea com orquídeas, tanto que quando o Moncho correu para o lago onde se banhava seus colegas o professor apanhou uma flor, uma espécie de margarida para que Moncho presenteasse sua colega e ele exitou, pois não seria esta a flor, mas encorajado pelo professor ofertou o mimo à menina.Me senti literalmente apedrejada na pessoa do professor, talvez seja em função do momento que vivemos na escola e o que ouvimos dos pais em frente ao portão:-Essas professoras são todas umas irresponsáveis.Parece que se tivessem uma oportunidade semelhante não exitariam em nos apedrejar, pais e alunos.Desculpem o deabafo, mas é assim que me sinto no momento.
09/11/2007 03:21:31
Neuza,Parabéns pela sua argumentação, vejo que tem razão em vários aspectos. Gostaria muito que o fórum continuasse neste ritmo que você empreendeu. Vou fazer um pequeno comentário, mas não muito, porque quero que os outros também se manifestem. Eu não compreendi quando você disse que se sentiu apedrejada, por mim ou pelos pais? Se foi por mim, desculpe, não foi minha intenção. Confesso que quando assisti o filme, no final, fiquei um tanto indignado com o comportamento da população, prova que o filme mexeu muito comigo. Porque aquela atitude da população, de não só escolher o silencio diante do fascismo, como negar as pessoas mais próximas para salvar a pele, me deixa mexido, porque na história está cheio desse tipo de comportamento. É a metáfora de Pedro que negou Jesus para se safar. Mas não sei se é o caso de falar sobre isso aqui, acho que está muito relacionado a valores, e discutir isto aqui poderá desvirtuar o fórum.A riqueza de detalhes com as quais descreveu a passagem me convenceram a assistir o filme novamente, talvez muitas coisas tenham me passado. Neuza, o filme se passa na segunda metade da década de 30, muito provavelmente em 1936. Lembre-se que no final ele é preso pelas tropas nacionalistas, foi o início da guerra civil espanhola. Vou sair em defesa do professor e fazer uma provocação. Quando você diz \"Antes de partirem para o bosque os alunos orientados pelo professor deveriam ter feito uma pesquisa com embasamento científico\", fiquei me perguntando, por que? Por que não poderia ser diferente? Por que explicar ciências no bosque não poderia ser um bom método? Tive a impressão de que o professor andava com seus alunos e os observava, tentava ver o que chamava a atenção de seus alunos no mundo real. Além disso, a ciência nasce do real, não o real da ciência, portanto, nada melhor que observar a natureza para depois refletir sobre ela. Tive a impressão de que ele conseguia despertar o interesse de Mocho, deu inclusive um livro ao qual a criança se interessou. É um ponto de vista, gostaria de saber se concorda.Também tive uma interpretação bem diferente da sua no final do filme. Meu entendimento foi que o filme retrata uma face cruel do ser humano, mostra que a sociedade é capaz de trair seus valores diante do medo. O filme mostrou toda a metamorfose e toda ambigüidade do ser humano nos pais de Mocho, passando pelo medo, pela vergonha e pela encenação da raiva. Mocho é o retrato da injustiça da humanidade, ou, da desumanidade criada pelos seus próprios pais, mas que de forma inconsciente reconhece o valor daquele professor quando o chama pelo nome científico da tromba da mariposa. Isto é a prova de que ele aprendeu algo, e a metáfora de seus próprios pais, que “apedrejaram” alguém que fez de sua vida uma luta pela educação, inclusive de seus próprios filhos. Essa foi a minha interpretação, gostaria de saber a dos demais também. Parabéns, Neuza, pelas suas contribuições, estão ótimas.
Pela primeira vez, transcrevi toda as postagens feitas no fórum, bem como as argumentações do tutor Renato para que se torne compreensível para todos os que possam vir a ler os comentáriosCconforme previ a semana passada o filme A língua das mariposas foi instigante e rendeu muitas reflexões, enriquecidas pela colaboração do tutor Renato a quem gostaria de deixar registrado o meu reconhecimento e meu agradecimento pelas suas preciosas intervenções não só nesta atividade, mas em todas as demais.

domingo, 4 de novembro de 2007

Filme A Língua das Mariposas

Há pouco assisti ao filme A Língua das Mariposas.
Muito interessante, me levou a vários questionamentos que terei oportunidade de discutir no fórum com meu grupo. Espero ter uma semana rica em interações e trocas e também enriquecer este espaço com elas.