domingo, 4 de outubro de 2009
Os fóruns tem dado muito "pano prá manga"
Há duas semanas tanto o Fórum de Seminário integrador que nos fala sobre Maturana e amorosidade na relação professor aluno nos faz refletir sobretudo numa educação que transcede os conteúdos e prioriza a relação professor/aluno.Há também o fórum de EJA que nos coloca frente a alfabetização como um ato social capaz de "empoderamento" dos indivíduos.Em recente participação no fórum de EJA fiz a seguinte postagem:
"A alfabetização vista como um ato social que forma indivíduos críticos, isto é, sujeitos não capazes apenas de ler e escrever, mas capazes de fazer uma leitura crítica de mundo vai contra os interesses de uma minoria que detém o poder de econômico em suas mãos e consequentemente um poder de mando.
Não é de agora que a escola sofre influência de modelos ideológicos e econômicos vigentes. O processo de desqualificação e automação de tarefas ocorrido dentro das fábricas decorrentes do Fordismo passou a se refletir no interior das escolas, onde professores e alunos vem negadas sua participação crítica nos processos educacionais que cada vez mais se distanciam da sua realidade na intenção de seguir um cronograma e um programa pré-determinado que devem ser seguidos à risca, determinando e caracterizando assim um ensino compartimentado, desvinculado à realidade social na qual estão inseridos, formando cidadãos alienados, incapazes de intervir de forma crítica, justa, solidária e democrática na comunidade.
O processo de globalização que acirra a competitividade do mercado de trabalho e produção vem provocando mudanças nos modelos econômicos, exigindo uma mudança de atitude. A nova ordem do dia é flexibilização.
No decorrer da história à escola sofre influência do modelo econômico vigente e com certeza não vai ficar imune a esse novo panorama que já se vislumbra. Portanto, é o momento para também as escolas pensarem num currículo mais flexível que permita ao professor juntamente com seus alunos construírem estratégias de aprendizagem mais condizentes com a realidade, tanto nas esolas de ensino regular quanto na modalidade de EJA".
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3 comentários:
Olá Neuza! Considerando a tua experiência como educadora e os conhecimentos adquiridos ao longo de tua vida profissional, que diferenças observas, quanto ao currículo, entre a EJA e o ensino regular? De que modo o currículo pode contribuir para que as funções da EJA realmente se concretizem? Abraços
Tutora Patrícia
Atualalmente no PEAD construimos e somos instigadas a construir coom nossos alunos Projetos de Aprendizagem. Com eles nos abrimos à possibilidade da utilização de ferramentas tecnológias, entre elas, a Internet, fonte de pequisa e informação que mesmo nossos alunos de periferia já tem contato. esses projetos partem de assuntos de interesse da criança, onde são levantadas as dúvidas e certezas e por último se constrói um texto colaborativo e de autoria própria que sabemo nunca será fechado, mas dá sempre abetura a novos questionamentos e conhecimentos. Nesse sentido é que entendo que se "forma" indivíduos "pensantes", críticos e capazes de construir aprendizagens e buscar novos conhecimentos pela vida afora... E consequentemente capazes de discernir quando adultos entre o que é certo e melhor para si e para os outros frente à esse engodo sócio/cultural/econômico vigente na sociedade atual. Penso que na EJA não deva ser diferente.
Bjs Neuza
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