domingo, 5 de setembro de 2010

Continuando a refletir sobre o TCC


N aula presencial do di 31/08, repentinamente resolvi mudar totalmente o foco do meu TCC. Ficando com isso decidido que o tema seria:
O USO DE UM EDITOR DE TEXTO COLABORATIVO COMO FERRAMENTA FACILITADORA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.

E a pergunta seria:

COMO UTILIZAR UM EDITOR DE TEXTO COLABORATIVO COMO UMA FERRAMENTA FACILITADORA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM?

Após chegar em casa refleti melhor e decidi que o foco do meu TCC seria:

A AVALIAÇÃO DE COMO A UTILIZAÇÃO DE BONECOS PODEM ESTIMULAR A IMAGINAÇÃO E A DESCOBERTA E PERMITIR A INTRODUÇÃO DE UMA NARRATIVA EM DIFERENTES ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.

E a pergunta seria:

COMO OS BONECOS PODEM ESTIMULAR A IMAGINAÇÃO E A DESCOBERTA E PERMITIR A INTRODUÇÃO DE UMA NARRATIVA EM DIFERENTES ATIVIDADES?

Portanto, o meu TCC terá como foco a LUDICIDADE e após a decisião recebi do professor Elieo a maneira como dev ser estruturado meu trabalho, bem como lguma sugestões de leitura. Aproveitei então, o feriado e já escrevi a primeira versão da INTRODUÇÃO (sujeita a avaliação por parte do professor Eliseo)

Introdução

Muitos pesquisadores e estudiosos denominam o século XXI como o “Século da Ludicidade”. Diversão, prazer e entretenimento são condições extremamente requisitadas pela sociedade atual. E é bom compreendermos que apesar de o lúdico ser o modus vivendis próprio da criança também se faz presente no mundo adulto.
O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Felizmente a palavra não ficou confinada somente a esse conceito e recebeu outras imbricações que vão além do simples jogar, brincar, movimentar-se de modo espontâneo. Estudiosos perceberam seu valor pedagógico na aprendizagem e, embora, não seja a única alternativa para as soluções no ensino/aprendizagem, deve ser explorado em sala de aula como elemento enriquecedor e como fator de promoção da aprendizagem e do desenvolvimento da criança.
Através do lúdico a criança desenvolve o raciocínio lógico, à criatividade, a expressão oral e escrita, a expressão corporal, a operacionalidade de problemas matemáticos e, sobretudo de seus problemas e dificuldades na família, na escola e no convívio com os outros no seu dia a dia.
O lúdico promove a aprendizagem informal ou formal e pode acontecer dentro e fora da escola e contribuir para o desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade de forma fina e ampla, bem como no desenvolvimento das habilidades de pensamento: imaginação e criatividade. Neste contexto a construção de uma Mascote (Centopéia) atingiu a essas exigências, pois o personagem (brinquedo) deveria visitar as crianças no fim de semana seguia acompanhada de um caderninho em que deveriam fazer suas anotações e narrar os principais acontecimentos ocorridos neste período.
Além de conceituarmos o que seja lúdico para nos fazer entender faz-se necessário também dar a origem e significado da palavra Mascote.
A palavra MASCOTE surgiu na década de 1860 e vem do provençal “masco” que significa “mágico”!
Mascote, nome dado a um animal, pessoa ou objeto animado que é escolhido como representante visual ou identificador de uma marca, empresa ou evento com o intuito de vender uma idéia, uma mercadoria, um produto.
Neste contexto a construção de uma Mascote (Centopéia) teve todo este significado mágico, pois encantou os alunos que em suas narrativas lhe deram vida, manteve o interesse das mesmas e foi um representante visual, um símbolo (brinquedo – boneco) que permitiu estabelecer redes de conexões para as diferentes temáticas e os mais variados assuntos com o intuito de mantê-los desejosos de aprender, tarefa essa, considerada árdua para todo e qualquer professor devido à grande diversidade de interesses que predominam dentro de uma sala de aula. Atingir o nosso público alvo (alunos) e sensibilizá-los não para a compra de um novo produto qualquer, descartável, mas para o consumo de uma mercadoria valiosa, a aprendizagem, um bem durável, para toda vida e que poderá receber acréscimos e lhes trazer benefícios ao longo de suas trajetórias de cidadãos, eis o nosso principal objetivo.
Socializar idéias, conceitos, informações e aprendizagens e suportar o que não podemos compreender através da saga de um personagem, de uma mascote foi um a experiência única tanto para a professora/estagiária, para o professor/orientador e para os alunos e que permitiu contemplar e contemporizar o lúdico dentro da sala
http://www.webartigos.com/articles/21258/1/O-LUDICO-NO-PROCESSO-DE-APRENDIZAGEM/pagina1.html
http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=mascote&id=1103ttp://www.profala.com/arteducesp140.htm
AS, Neuza Maria Carlan. Conceito de Lúdico

domingo, 22 de agosto de 2010

Estágio x TCC


Construir uma MASCOTE com a turma foi uma experiência inédita, tanto para os alunos como para a professora estagiária.
Tudo começou com a leitura feita pela professora aos alunos da turma 122, do livro a “Centopéia que pensava” de autoria de Herbert de Souza, Betinho, com ilustrações de Bia Salgueiro.
Através da leitura, tive como intenção promover a integração e a socialização dos alunos e usá-la também como suporte e aporte para o desenvolvimento de atividades características do início do ano letivo tais como: Construção do Calendário, lista com nome de aniversariantes, etc.
Porém, surpresa, mediante o interesse dos alunos em relação às "peripécias" do personagem, pois muitos alunos na "Hora do Conto" pediram para levar o livro para casa para ler novamente. Sugeriu, então que construíssem sua própria Centopéia que durante a semana os acompanharia nas diversas atividades desenvolvidas em sala de aula, no Laboratório de Informática e que no final de semana iria passear nas suas casas e que deveria retornar com relatos dos acontecimentos sobre a “visita” e com adereços (olhos, cabelos, pés) que deveriam ser acrescentados com auxílio dos familiares.
Eis que para seu espanto um ser inanimado, cria vida entre as crianças e gera toda uma emoção e comoção em torno de sua figura. São manifestados os mais variados sentimentos por parte dos alunos tais como:
-“Hoje, a Centopéia dormiu comigo e caiu da cama”.
-“Sentou na cadeira ao lado enquanto fazia minhas lições”
- “Ela me olhava enquanto tomava banho”.
-“Enquanto esperávamos o jantar, eu e a Centopéia, a gente sentia o cheirinho de comida!”
- “Onde está a Centopéia?”
-“Já estou com saudade dela!”
É claro, que a professora não ficou imune a todo esse clima e clímax e, às vezes, se surpreendia a tratá-la como “se viva fosse”. Meu Deus, que maluquice é essa! Esses sentimentos são permitidos a adultos também?

A princípio, não entendi a aprovação imediata por parte do professor Eliseo quando falei nesta idéia. Com certeza com sua experiência e formação compreendeu de imediato todas as implicações e riquezas que poderiam dela advir.
A Centopéia foi mote de unidade de todas as temáticas trabalhadas e desenvolvidas durante o período de estágio, contribui para o processo de aprendizagem, letramento e alfabetização dos alunos, pois seguia acompanhada de um caderno onde as crianças deveriam registrar seus relatos e fazer a leitura dos mesmos para seus colegas. Contribui para manter a turma animada e motivada durante o desenrolar das atividades diárias, foi fator de grande representatividade na integração das famílias que foram solícitas com seus filhos ajudando-os na tarefa de agregar os adereços que estavam faltando na mesma ( cabelos, olhos, pés) e, sobretudo, alimentou a imaginação e a fantasia do mundo infantil!

Conforme o relato acima é possível abordar a representatividade da Mascote sobre vários aspectos. Entretanto, entendo o TCC como o relato e análise de uma experiência vivida durante o estágio para o qual terei que buscar em autores balizados respostas para minhas dúvidas e incertezas, tornando-a clara à luz de teorias e aportes científicos. No momento me sinto meio “atordoada”, sem entender muito todo esse clima afetivo gerado em torno da personagem. Por isso, pretendo direcionar o meu TCC sobre os aspectos de afetividade trabalhados em torno da mascote (centopéia).

Embora já tenha me debruçado sobre as leituras dos Eixos I, II e III, no momento me ocorre citar Maturana, trabalhado em semestres mais recentes, segundo o qual “ao viver, fluímos de um domínio de ações a outro, num contínuo emocionar que se entrelaça com nosso linguagear". ( MATURANA; ZÖLLER, 2004, p.9)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

OBSTÁCULOSXAPRENDIZAGENS


As minhas maiores dificuldades durante o estágio, resultaram também nas maiores aprendizagens! A primeira se configurou na construção de um Planejamento semanal constituído de temática, objetivos gerais, específicos e objetivos para cada planejamento diário e ainda fazer uma retomada desses objetivos, caracterizada através da reflexão semanal.Ora para quem rascunhava rapidamente algumas atividades e objetivos para cada aula e que aproveitava uma que outra atividade interessante de alguma Interdisciplina, o estágio resultou numa mudança significativa na prática pedagógica.
A segunda, o “medo” de enfrentar pela primeira vez o Laboratório de Informática com os alunos e que eles percebessem a minha insegurança frente à máquina. Mas, esse era apenas mais um desafio frente a tantos que já havia enfrentado, portanto não ia deixar escapar a oportunidade de que eles, assim como eu também trabalhassem num Pbwork e nele desenvolvessem seus Projetos de Aprendizagem.
Passei a freqüentar o Laboratório de Informática da escola no turno inverso e lá em parceria com minha colega Salete comecei a “desvendar” os mistérios do Pbwork. Nossos progressos não foram muitos e, então, solicitei a ajuda da colega Mara que veio prontamente e foi providencial, pois foi a partir daí que me veio a “a coragem” de que tanto precisava e fui adiante.
Construi PBwork da turma 122 e uma página para que cada dupla ou trio digitasse suas dúvidas e certezas sobre os assuntos de seu interesse já levantadas em sala de aula, fizesse pesquisa na Internet e colasse gravuras. Enfim, “personalizassem” suas aprendizagens.
Mas, ainda não havia alcançado a tão sonhada autonomia, pois sempre estava acompanhada da colega Salete e suas alunas monitoras. Até que finalmente na reunião de pais me programei pra lhes mostrar o trabalho que vinha sendo desenvolvido com seus filhos e os convidei para subir até o Laboratório de Informática. Coloquei a chave na fechadura e girei uma vez, duas e na terceira a porta cedeu e descortinou um cenário com o qual já estava familiarizada e com certa desenvoltura fui ligando os terminais e mostrando-lhes tudo o que havíamos construído num espaço pequeno de tempo.
Agora, abro a porta do laboratório de Informática com a mesma naturalidade com que abro a porta da sala de aula.
[...] Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. (FREIRE, 1996, p.12).
Concordo com essa afirmação do autor, pois isso anda acontecendo comigo, quando planejo minhas atividades e percebo a necessidade de retomar um objetivo ou quando estou no Laboratório de Informática e me atrapalho com alguma ferramenta ou função e que muitas vezes, já aconteceu dos meus alunos me ensinarem o procedimento.
É uma experiência bonita, que exige, sobretudo, dignidade e autenticidade quando exercemos a verdadeira prática de ensinar/aprender. É uma via de duas mãos que se constrói no dia a dia, frente a aprendizagens baseadas em certezas e incertezas, na certeza de que o professor não é o “dono do saber”, mas aquele que se alegra em ensinar e aprender na interação com seus alunos e colegas.

Ah!Não posso deixar de mencionar o momento riquíssimo que se constituiu a apresentação do Workshop!
Todas somos vitoriosoas por termos chegado ao final de mais uma etapa, mas duas apresentações, sobretudo, me chamaram atenção. Não vou mencionar nomes porque não é o caso. Mas, Paulo Freire nos fala que precisamos anunciar a novidade. E a novidade ficou caracterizada nas imagens e relatos trazidos pela colega que estagiou numa escola montessoriana e também pela colega que estagiou com uma turma de EJA. Essa última, sobretudo, me emocionou, pois conseguiu desenvolver com a turma um programa de rádio.
O trabalho com EJA é realmente diferente, trabalhamos com um outro tipo de público . Há pessoas cheias de experiências, com muitas histórias de vida para contar.Adultos, senhores e senhoras, motivados na busca de uma condição melhor de vida. Daí a relevância deste tipo de trabalho e então, me reporto a afirmação de (ARROYO, 2005, p.20, "encontramos na sociedade sinais de preocupação com os milhões de jovens e dultos que têm direito à educação básica".
Porém, segundo o próprio autor a EJA "é um campo não consolidado nas áreas de formação de educadores e intervenções pedagógicas", diferentemente quando se trata da educação infantil, onde há um vasto material de estudo, conforme pude observar não só durante o período de estágio, mas ao longo da carreira de profissional da educação.

BIBLIOGRAFIA

ARROYO, Miguel.Educação - Jovens: um campo de direitos e de responsabilidades pública.

domingo, 27 de junho de 2010

Refletindo sobre os "finalmentes"!


O estágio terminou, mas as atividades do PEAD ainda continuam e eu passei o final de semana às voltas com a construção do Workshop.Sou assim, gosto de escrever devagar, pensando, refletindo, tentando fazer o melhor possível, mesmo sendo a primeira versão.
O texto está pronto, mas ainda preciso revisar a bibliografia, ou melhor, a maneira correta de fazê-la, pois ainda tenho dúvidas a respeito. Essa foi uma das questões que me foram cobradas pelo professor Eliseo durante o estágio e que ainda não estão bem resolvidas, mas que ainda há tempo para tal.
Também o prof Eliseo surpreendeu-se quando em uma das minhas reflexões comentei que tinha muita dificuldade em fazer um planejamento semanal. Ele espantou-se com tal afirmação e disse que gostaria de saber como planejava antes minhas atividades.
Sempre tive, digamos assim, um caderno onde rabiscava alguns objetivos e atividades soltas que não estavam atreladas a uma temática específica e inter-relacionadas. As ações planejadas e com intencionalidade facilitam a atuação do professor; antes percebia o planejamento como fator limitador de ações, agora o percebo como um facilitador de ação/reflexão no processo de ensino/aprendizagem.

O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p.30).

domingo, 20 de junho de 2010

Reeleitura de FUTEBOL da série meninos de Brodósqui de Cândido Portinari


Com esta reflexão termino oficialmente meu estágio. Esta semana foi planejada em cima da temática do evento da Copa do Mundo e há muito que explorar sobre o tema. Mas há horas estava com vontade de trabalhar com a releitura de uma obra de arte e esta foi há oportunidade para tal. Foi um momento muito rico. Começamos assistindo um pequeno documentário sobre a vida e obra de Cândido Portinari, depois tivemos um segundo momento já na sala de Artes em que as crianças manusearam alguns livros que falavam sobre sua vida e continham muitos de seus quadros.
Por último passamos a fazer considerações sobre o quadro “Futebol”, da série meninos de Brodósqui de Cândido Portinari para que em qualquer nível o ensino de Artes possa abranger tanto a construção da linguagem visual quanto contribuir para que as crianças acreditem que trabalhar com formas, cor, espaços, volumes, materiais não seja somente um “privilégio” do artista, mas uma aprendizagem que depende do seu olhar sobre o que vê ou imagina; e, finalmente, que possam elaborar uma linguagem própria para expressar e representar a leitura de suas relações com o mundo.
É óbvio que isso ficou evidenciado em suas produções até porque o assunto futebol está muito relacionado às suas vidas, pois ainda em suas vilas possuem este espaço para jogarem suas “peladas” de forma descontraída só que com algumas diferenças conforme verbalizações do menino Vitor:
- No quadro as traves são de madeira e no “campinho” onde jogamos são de ferro.
- Lá perto de onde jogo tem cavalos e tem postes de luzes, só que os cavalos ficam amarrados no poste comendo as gramas, diferente do quadro em que o cavalinho está dentro do campo.
“Olha aí, os alunos fazendo comparações entre as semelhanças e diferenças entre a obra de arte e o cotidiano de suas próprias vidas”.
Uma proposta de ensino multicultural deve preocupar-se em compreender os objetos estéticos dentro de sistemas simbólicos culturais mais amplos, dando lugar às abordagens contextualistas, instrumentalistas e interdisciplinares para o estudo da arte. Obras de artes, nesta perspectiva são representações sociais, portanto, constitutivas de visões de mundo de determinados grupos sociais. (Hernandez, 2000).

A partir da vivência da criança com a arte, torna-se mais fácil ensiná-la a viver a arte, compreender os motivos e estilo do artista e pode-se dizer que dessa maneira, a criança entra em contato com as grandes teorias, sem necessidade de ler os teóricos, o que não lhe adiantaria de nada se realmente não entendesse o que significa arte, onde e de que forma pode ser apreciada
. E o professor deixa de lado o estilo que ainda predomina nas escolas em que o ensino de artes não passa de uma rotina de repetições de técnicas, detalhes e orçamentos para celebrações com agora está acontecendo com as festividades da copa do mundo.
Para Barbosa, “Multiculturalidade não é apenas fazer cocar no ‘Dia do Índio’, nem tampouco fazer ovos de Páscoa ucranianos ou dobraduras japonesas ou qualquer outra atividade clichê de outra cultura”. (Barbosa, 1998, p 14).
Esta atividade resultou no interesse dos alunos por outros artistas e suas obras de arte e que poderá ainda ser abordados durante o ano.


BIBLIOGRAFIA
HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projetos de trabalho, Porto alegre: Artes Médicas, 2000.
BARBOSA, Ana Mãe, Tópicos utópicos. Belo Horizonte, C/ARTE, 1998.

domingo, 13 de junho de 2010

COMENTANDO A NOVIDADE



Esta semana realizei uma atividade bastante interessante com os meus alunos que tem como objetivos:
-Construir o conceito de sombra através de uma atividade lúdica, prazerosa e criativa como sensibilização nas construções de dúvidas e certezas instituídas nos Projetos de Aprendizagem.
- Oportunizar o desenvolvimento do conhecimento através do raciocínio lógico e investigativo.
Para desenvolver esta atividade, inicialmente, a professora irá trabalhar com os alunos a interpretação do texto a “As amigas e as sombras” de Augusto Magalhães como sensibilização para a tarefa que procede.
Em seguida, convidará os alunos para irem até o pátio da escola e formarão grupos com até 3 participantes e orientará para que brinquem de sombras com uns quinze minutos de exploração livre.
Em sala, fornecerá a cada grupo um conjunto de figuras geométricas conforme indicadas na Interdisciplina Representação do Mundo Pelas Ciências Naturais.
Depois a professora os reunirá e solicitará que obtenham sombras iguais com dois recortes diferentes e, na sequência, que associem duas figuras diferentes para formar outras sombras.
Enquanto os alunos estarão empenhados em obter sombras a professora poderá propor alguns questionamentos:
- Para haver sombra é necessário haver luz?
- Sombra é o mesmo que escuro?
- O claro e o escuro modificam nossas atividades diárias? Há atividade que são feitas no claro. E no escuro?
- Dê exemplos de fenômeno da natureza que ocorrem no claro e no escuro.
- Qual a importância das sombras na natureza. Cita alguns fenômenos em que se percebe a sua importância?
- A sombra de uma árvore, por exemplo, é igual durante todo o dia?
Na volta à sala de aula a professora deverá sugerir que escrevam no quadro o que significa sombra para eles. Eis o que surgiu:
SOMBRA é quando não tem sol. Ela é fria e um pouco escura. Ela tapa o sol. Colocamos papel na frente do sol para formar desenhos. Os desenhos que formamos: borboleta, garrafa, coração, nuvem são sombras.
Donde se conclui que devemos procurar novas alternativas pedagógicas que tratem a Ciência como processo contínuo de construções de conhecimentos e verdades provisórias. Portanto, não se ensina Ciências, se constrói Ciências, junto e em parceria com os alunos e na interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento ( História, Geografia, estatística, etc...)
E enquanto professores:
“Temos o desafio de criar situações limites para as explicações de nossos alunos, quando as consideramos insuficientes de forma a construir um clima favorável à busca de novas informações”. ( Giordan, 1966).

MATERIAL USADO A SER USADO

2 quadrados de 10 cm, 1 em cartolina branca e, o outro, em cartolina preta, 2 quadrados de 5 cm com as característica dos anteriores. Dois círculos com 10 cm de diâmetro um em cartolina branca e, o outro em cartolina preta e mais 2 com 5 cm de diâmetro com as mesmas cores usadas nos anteriores. Dois retângulos de 10 cm de comprimento por 5 cm de largura, um em cartolina branca e, outro em cartolina preta..


Quanto à Educação quando reaproveitavam garrafas plásticas para construir brinquedos ou objetos como porta-canetas ou suporte para para papel higiênico; conscientização e preservação são possíveis com pequenos gestos.Ambiental (EA) mote da temática desta semana,segundo vários autores, ainda encontra-se sendo sistematizada. Esse é um campo novo, tem sua origem na década de 70 com os movimentos ecológicos que vêem aos poucos se consolidando através de propostas e programas internacionais.
Embora seja um campo de estudo presente no cenário educacional muito precisa ser feito para uma formação adequada dos educadores. Entre os próprios educadores ambientais brasileiros, é presente o consenso de que
“as discussões em torno da EA ainda não chegaram à criação de princípios ou critérios suficientes para uma prática educacional, dirigida para a conscientização em relação aos problemas ambientais...” (FLICKINGER 1994, p. 198).

Educar o indivíduo para o convívio harmonioso com os outros e com o meio ambiente onde vive é dever do educador, e isso é consenso em EA. E eu vi esse objetivo concretizado nos gestos de meus alunos preocupados em recolher os papéis jogados no chão e manter a Escola limpa, quando reaproveitavam garrafas plásticas para construir brinquedos ou objetos como porta-canetas ou suporte para para papel higiênico; conscientização e preservação são possíveis com pequenos gestos.


BIBLIOGRAFIA

PIVA, Adriana. A DIFUSÃO DO PENSAMENTO DE EDGAR MORIN NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL.

RUSSEL, Teresinha Dutra da Rosa. REPENSANDO O ENSINO DE CIÊNCIAS A PARTIR DE NOVAS HISTÓRIAS DA CIÊNCIA.

domingo, 6 de junho de 2010

Construindo a Novidade!


Conforme mencionado no planejamento, a aula do dia 02/06 foi alterada com a visita no Planetário onde as crianças assistiram a história do “Burrinho Biriba” que morava numa fazenda e foi abandonado pelas crianças na noite de Natal e então se encontra com uma estrela e começa sua ventura numa noite de céu estrelado...

Sair do espaço limitado da sala de aula, embarcar num ônibus e fazer um passeio pela cidade é uma experiência única e gratificante que envolve professora, alunos e pais e que concretiza uns dos objetivos previstos no planejamento da aula de segunda-feira em que um pai deveria vir falar sobre seu tempo de aluno na escola. Como não compareceu, o objetivo acabou se concretizando através da presença três mães que juntamente com a professora acompanharam os alunos durante a visita.

Alguns comentários e falas dos alunos durante o passeio merecem ser registradas, pois revelam suas aprendizagens concretizadas em momentos anteriores (quando da visita pelo bairro), bem como, as construídas durante a visita propriamente.
Quando estávamos parados numa sinaleira a aluna Amanda falou:
- “Isto é um cruzamento”. É mesmo respondeu o Juliano, as ruas formam uma cruz.
Quando estávamos retornando e o ônibus contornava o quarteirão da escola falavam:
- Estas são as ruas Upamaroti, esta é a Jataí e essa é a rua do colégio e logo o Thomas acrescentou é a Inhanduí!
Da visita propriamente dita, sugiram os comentários:
- “O sol também é uma estrela”. (ainda não haviam descoberto, espero que anotem isso em seus Pbworks, na aula de quarta-feira).
E o Juliano repetiu vários vezes durante o trajeto de volta:
- “A lua é um satélite da terra”.
- “A terra é um planeta, mas existe um planeta, com anel. Como é o nome e dele prof, perguntou o Alessandro?
A visita foi realizada com o intuito de que as crianças possam esclarecer dúvidas e certezas construídas em seus PBworks sobre as estrelas e também possibilitar com isso a construção de novos conhecimentos.

A teoria sociocultural de Vigostsky sobre a aprendizagem enfatiza que a inteligência humana provém da nossa sociedade ou cultura e que ocorre em primeiro lugar através da interação com o ambiente social. A criança desenvolve-se e aprende naturalmente, porém poderá desenvolver-se e aprender mais, se for auxiliado pelo professor e também em contato com um par mais capaz; que Vigotsky denomina de “zona de desenvolvimento Proximal”. A ZDP pode também incluir outros artefatos tais como programas de computador, livros e materiais de caráter científico.

Acredito, que essa visita tenha sido de cunho social e também de caráter científico, contemplando pois,assim, as idéias de Vigostsky e ao mesmo tempo contribuindo para o desenvolvimento cognitivo dos alunos e também da professora que na pedagogia de Projetos de Aprendizagem é tão aprendiz quanto os alunos.

BIBLIOGRAFIA


Aprendizagem Colaborativa Assistida por Computador disponível em:
http://www.uevora.pt/cscl/. Acesso em 04/06/ 2010.