domingo, 23 de maio de 2010

Projetos de Aprendizagem




Ah! E por falar em projetos de Aprendizagem, sexta-feira pela primeira vez tive oportunidade de estar só com os meus alunos no Laboratório de Informática. Meu coração bateu forte, acelerou enquanto abria a sala. Mas, no final foi muito tranqüilo e agradável. Já demonstram autonomia. Correm a sentar em duplas e logo já vão tomando a iniciativa de abrir o Pbwork, localizar suas páginas e aos poucos estão dando conta de organizá-las colocando suas dúvidas e certezas e alguns até já entram no Google para fazer suas pesquisas.

O aluno César, inclusive, demonstrou interesse em colar uma gravura. Tentamos algumas vezes, até que conseguimos. Depois, lhe ensinei como diminuí-la e, para minha surpresa, executou essa tarefa com destreza e agilidade e no final da aula até já estava auxiliando seus colegas.

Também para minha surpresa, a dupla Maria Clara e Alessandro colou uma gravura na sua página, mas com isso, “perdeu” os dados de pesquisa que já tinha. Quando cheguei, em casa tratei de recuperá-los e como a professora também está aprendendo terão que iniciar novamente, na próxima aula todo o processo de colagem.

Tem sido um processo lento, às vezes, o desânimo chega a me abater, principalmente como dá “pane” e a Internet nos deixa na mão como aconteceu quando da visita do professor Eliseo, mas já é perceptível o desenvolvimento dos alunos e também da professora. Inclusive, na próxima sexta, na entrega das avaliações vou tentar levar os pais até o laboratório para lhes mostrar o trabalho que vem sendo desenvolvido.

Meu projeto de estágio está fundamentado nas idéias de Piaget e também de Paulo Freire e por isso, me sinto bem à vontade para citar também esse último em minha reflexão.
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontra um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. ( Freire, 1996, p. 14).

Conforme Kulcsar:
(...) O estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente... Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e de possibilidades de abertura para mudanças. (KULCSAR, 1994, p.65).

E isso, tento fazer, a cada dia, a cada novidade, a cada atividade diferenciada que procuro estabelecer com meus alunos; umas com sucesso, outras nem tanto, mas, esmorecer jamais. E, mais ainda, espero que isso não aconteça apenas nesse período, mas que fique arraigado na minha prática pedagógica de agora em diante.

FREIRE, Paulo. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA. Saberes Necessários à Prática Pedagógica.

2 comentários:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Neuza que legal... como é bom ver os alunos amadurecendo não é? E ainda, poder proporcionar a eles esses momentos de aprendizagem com o uso da tecnologia.

Excelente reflexão. Meus parabéns!

Neuza Terezinha da Rocha disse...

Oi tutora,

Realmente tem sido muito bom. Na verdade, a minha turma tem sido privilegiada com isso. Também estou pensando em mostrar aos pais o trabalho que está sndo realizado e proporcionar também momentos de integração.
Eu, às vezes, preciso me "beliscar", pois nem acredito.Hehehehehe...