domingo, 25 de novembro de 2007

Música popular brasileira

Esta semana trabalhei com música popular brasileira e foi difícial conseguir algumas que encantasse e montivassem meus alunos. Fibalmente lembrei que na Esola havia alguns CDS "guardados a sete chaves" e lá econtrei um CD com músicas do Sítio do Pica-Pau Amarelo e não deu outra as crianças adoraram.
As duas primeiras músicas:

O sítio o Picapau Amarelo, Gilberto Gil e Narizinho com Ivete Sangalo, ouviram quietos e até conseguiram identificar alguns instrumentos: piano ( teclado), bumbo e tarol, (iguaizinhos aos que são tocados pela banda aqui da Escola), guitarra (baixo). Eles sempre surpreendem.

Mas, em seguida cairam na dança: pularam num pé só, formaram trenzinho e brincaram,riram, suaram e dançaram até alguns minutos antes da aula terminar e as músicas do CD em número de 13.
Deixei que extravazassem toda essa alegria de forma descontraída, despreocupa, sem a preocupação com ritmo e tudo mais. Eu também precisava deste momento, pois ainda me sinto insegura em trabalhar música com eles, ainda não exorcisei meus fantasmas, mas até o fim desta semana tenho certeza que juntos chegaremos lá...

O Caso das Bananas

Também estive bastante envolvida com a confecção de fantasias e de ensaios para a contação de história que ocorrerá no dia 27/11, terça-feira. O títula da história:

O CASO DAS BANANAS
De: Milton Célio de Oliveira Filho e Mariana Massarani

O macaco
Ao acordar, de manhã,
O macaca deu pela falta
De seu cacho de bananas.
Procura aqui, procura ali
E nada...
Nem mesmo as cascas.
Algum espertinho levara tudo.
“Fui roubado!”

A mata
A mata ficou agitada
Com a notícia.
E logo Dona Coruja,
Investigadora das mais
Afamadas,
Aceitou o novo caso.

A Coruja
Caro macaco, para começar do começo,
Melhor ouvir a vítima.
Primeiro, diga-me: Há um suspeito?

O macaco
Dona Coruja,
Abomino o preconceito.
Mas...
Soube de um bicho estranho
Que veio de muito longe.
Não é, pois, destas bandas.
Não duvido que
Tenha escondido as bananas
Na bolsa
Que trazia na barriga.

Coruja
Hum!!!
Tem caroço neste angu.
Vamos, então ouvir...

O Canguru
Esta historia já conheço
Só por ser um estrangeiro
Já viro logo suspeito.
Pois digo, digo e repito:
Nesta mata há um tipo
Ainda mais esquisito,
Com um rabo bem fornido,
Tal e qual uma lagartixa
Multiplicada por quatro.

Coruja
Ora, agora eu me acho.
É hora de interrogar...

O lagarto
Dona Coruja,
Eu não tenho nada com o pato.
Mas... Tenho um palpite:
Quem tapeou o macaco
Vive muito bem na mata,
Com seu porte de madame
E seu casaco de pintas.

Coruja
Palpite não conta.
Mas não custa ir até...

A onça
Dona Coruja,
Tenho cara de malvada,
Pois quando brava...
Viro mesmo uma onça.
Mas no fundo sou boa-praça.
Não quero atirar pedra
Na vidraça do vizinho.
Pense, pense um pouquinho:
Que bicho aqui desta mata
Poderia comer tantas bananas
Sem ficar engasgado?
Só mesmo com pescoço comprido
Comprido como um gargalo...
Um gargalo de garrafa.

Coruja
Um gargalo de garrafa?
Pois vamos até...

A girafa
Das bananas eu nem sabia
Juro!
Mas o maroto que as levou
Deve ser muito ladino.
Com um rabo bem peludo
E bigodes no focinho.

Coruja
Ora, ora!
Não posso perder a pose.
Quero escutar, sem muita prosa...

A raposa
Minha cara coruja,
Sou famosa pela astúcia.
Mas...
Meu negócio são galinhas.
Vez ou outra uvas.
E vou lhe dar uma dica:
Para mim, o malandrão
É o tal que ostenta juba
E nunca,
Nunca perde a majestade

Coruja
Pelo sim, pelo não,
Vamos saber o que diz...

O Leão
Só lambo o beiço por carne.
Bananas? Arre!
Nem de graça.
Nós, os gatos, grandes ou
Pequenos,
Não nos damos com fruta
Nem mato.
Para resolver logo o caso,
Preste atenção na charada:
Quem pode subir em árvore,
Embora não tenha patas?

Coruja
Como é duro o ofício.
Porém, mãos à obra,
É hora de ouvir...

A Cobra
Dona coruja, ouça:
Tudo sobra para a cobra,
Em dobro.
Dizem que sou uma víbora.
Mas no caso das bananas,
Creia,
Sou inocente.
Sem querer ser venenosa,
Achar o larápio, é fácil,
Com sua roupa listrada.

Coruja
É preciso dar ouvidos
A todos.
De “A” a “Z”.
Pois então,
Vamos até...

A Zebra
No dia dos fatos
Eu estava fora a visitar o cavalo,
Que é meu contraparente.
Mas para mim está óbvio:
Quem mais poderia agarrar
O cacho de bananas
Sem ter uma grande tromba?

Coruja
É hora de seguir adiante
E conversar com...

O Elefante
Dona coruja,
Pouco uso da minha tromba
De uns tempos para cá,
Pois ando só resfriado.
Se quiser saber de tudo.
Consulte quem tudo viu
E quem tudo vê
Lá do alto.

Coruja
Agora a porca torce o rabo.
Já me vou por ali,
Para encontrar

O Bem-Te-Vi
Vi sim.
E vi muito bem o macaco
Acordar esfomeado
No meio da madrugada.
E comer uma, duas
E até três bananas,
De uma única vez,
Até acabar com o cacho.
Mas, coitado, não sabia,
Pois enquanto comia,
Roncava.

Coruja
O mistério chega ao fim
Sem muito pano para a manga.
O meu compadre guloso
Pasmem!- É...

Sonâmbulo


O meu personagem é a Raposa. Sua fala é assim:

Minha cara coruja:
Sou famosa pela astúcia.
Meu negócio são galinhas
Vez ou outra umas uvas.
Mas...
Vou lhe dar uma dica:
Para mim o malandrão
É o tal que ostenta juba
E nunca,
nunca perde a majestade.

Agora, só me resta esperar por terça-feira e esperar pelo sucesso...

Semana de 19/11 a 25/11/07

Esta semana estive bastante envolvida com a elaboração do Projeto de Artes Visuais.
Escolhemos trabalhar a vida e obra de Francisco Alberto Matto Vilaró (1911-1995).
Meu grupo é constituido também pelas colegas: Mara, Maríliae Neila.
Foi uma semana de muitas trocas através de e-mails e também muitas conversas no MSN.
Nosso projeto já está montado e foi enviado a professora Rejane Ledur para uma primeira análise, só após as modificações finais será publicado no portfólio.
Esto aguardando ansiosa o retorno das considerações da professora, pois para mim realizar um projeto de artes é algo inusitado e cheio de desafios a ser vencidos

domingo, 18 de novembro de 2007

Releitura da obra "As Meninas" de Velazquez


Por sugestão da professora de Artes Visuais fiz a releitura da obra "As Meninas" de Velazquez, com minha turma de 1ª série.
Procedimento:
Colei no fundo de uma caixa de sapato a gravura em preto e branco da obra "As Meninas". Na tampa da caixa abri três "janelas" para que as crianças obsevassem a gravura em diferentes perpectivas.
As crianças estavam sentadas em grupo de 4, a caixa foi passando e observada de dois em dois, em cada grupo, pois se tratando de alunos pequenos não tem muito paciência para esperar por sua vez.Enquanto esperavam que a caixa passasse por todos os grupos, conversavam sobre o que haviam visto, oque mais gostaram, o que mais lhes chamou atenção, etc.
Fiquei impressionada com suas falas:
- O que mais gostei foi do vestido da menina está até parecendo uma rainha, uma princesa.
- Outra menina parece estar voando.
- O cachorro deve ser manso, pois uma das meninas está com o pé sobre ele.
- O cachoro deve ser brabo porque tem olhos vermelhos e unhas compridas e afiadas.
- Tem dois artistas, um possui uma espada e o outro artista que está na porta olha para elas (meninas).
Em seguida, falei que também na minha escola, eu havia feito essa atividade e havia chegado a conclusões semelhantes.( Sempre falo que estou estudando e que todas as novidades que aprendo na minha Escola procuro passar para eles).
Depois, expliquei-lhes que se tratava de uma obra de um pntor espanhol denominado Velazquez e que a menina loira no centro, "a rainha ou princesa", era infanta Margarida, que havia um casal de anões, figuras comuns na época e que eram incumbidas de entretar a nobreza.
Ainda havia as damas de companhia e que o "artista" que olhava para as meninas era o camareiro e que o outro artista, era o próprio Velazquez.
Depois distribui uma folha de desenho para cada um e pedi que fizessem a releitura da obra. Queriam copiá-la, insisti que criassem sua própria obra com o material que possuiam.
Havia pedido anteriormente que trouxessem botões, miçangas, restos de linhas, lã, etc.Quem não havia trazido material de casa, sugeri, durante a ida ao lanche que recolhessem material no pátio.
O resultado foi maravilho comproduções dignas de uma galeria de artes.

Considerações:

Os alunos ainda se mostraram preocupados, acham que quando não escrevem não aprendem nada. Porém se mostram satisfeitos, envolvidos e felizes durante a realização da atividade e não se cansaam de usar expressões como:
- Profesora eu adorei a aula de ontem, estava ótima, quando vamos ter outra parecida?
No outro dia, quando entraram na sala, correram para o painel nos fundos para admirar suas produções e de seus colegas e tecerem comentários a respeito.
Percebo que há uma sociabilização, inclusão e também um aumento da auto-estima, pois todos trabalham, inclusive os alunos hiperativos que se sentem iguais, capazes e integrados ao grupo.
Também sai da sala de aula cansada, porém satisfeita, com a sensação de "dever cumprido" e um profundo desejo de que todas as minhas aulas ocoressem assim, daí a necessidade e a realização de um projeto abrangene e interdisciplinar de Artes Visuais na Escola.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Semana de 12/11 a 18/11


13/11/2007 04:38:17
RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE

Neuza,
Acabo de assistir novamente a este belíssimo filme, ao qual recomendo a todos. Li novamente as postagens e pude reavaliar melhor nossas colocações. Você disse que não havia aprendizagem porque o professor não se preocupava com os conhecimentos anteriores dos alunos. Sobre isso gostaria de observar duas coisas. Naquele momento histórico muito daquilo que pensamos hoje não existia, Piaget, por exemplo, estava desenvolvendo seus trabalhos mas estava muito longe de ser conhecido em âmbito internacional e no meio educacional. Mesmo assim poderíamos considerar que ele buscava isso, perguntando, por exemplo, ao leitor do poema qual a interpretação dele sobre uma das expressões. Quando diz que o desenho do espiral no quadro não chamou a atenção dos alunos, também tendo a discordar. Neste momento o único aluno mostrado pelas câmeras é Mocho, que está com seus olhos arregalados de curiosidade. Você diz que não houve interação professor-aluno, e coloca que se houvesse Mocho não teria o apedrejado. Bem, acho que o filme mostra diversas vezes esta interação, muito forte por sinal, e o motivo pelo qual a criança o apedrejou não foi essa \"falta de interação\", mas foi pelo mesmo motivo que o pai de mocho blasfemava contra seus próprios amigos.
Bem, essas foram algumas de minhas impressões sobre o filme, acho que o professor não demonstrava \"dar de ombros\" em suas tentativas de ensinar. Isso se refletia nas falas de Mocho quando falava sobre as batatas, a Austrália, ou em pequenos detalhes, como quando o professor entregou uma flor a Mocho para que levasse a sua amiguinha, mocho lembrava do pássaro e sabia que ele levava uma orquídea para sua fêmea, mas aquela flor que o professor lhe entregara não era uma orquídea. Por fim, nós dois tínhamos razão, Mocho chama o professor no final do filme dos dois nomes, do passarinho e de \"espirotromba\".



14/11/2007 21:23:56
NEUZA TEREZINHA DA ROCHA

Tutor Renato, independente da epoca em que o filme se passa ou pelo fato das idéias de Piaget ainda não serem difundidas, continuo com a minha opinião de que uma aula não é dada para um único aluno, mas para uma turma inteira.
Você insiste que havia aprendizagem, então porque agora temos que mudar a nossa maneira de dar aula, se à antiga funcionava tão bem? Então vamos rasgar tudo o que aprendemos até agora e continuar como antigamente, pois era mais fácil, menos trabalhoso e o resultado, segundo você era tão ou mais eficiente do que atualmente.
Também cheguei a conclusão que não devo postar meu trabalho no webfolio não vou mudar minha opinião frente aos seus argumentos.
Neuza, adoro quando as discussões começam a ficar acaloradas, isso nos estimula a participar com paixão, a pensar e a desacomodar... sinal que estamos mudando!! Não compreendi sua pergunta. Vocês estão mudando a maneira de dar aula em relação a quem, aos outros ou a vocês mesmos? Antiga forma de quem dar aula? Acho que não podemos considerar que somos mais inteligentes do que as pessoas que viveram no passado, somos apenas mais adaptados ao nosso presente. Não podemos considerar que todos os professores ensinavam da mesma forma, assim como não ensinam da mesma forma hoje. Isso, em minha opinião, nos faz mudar em relação ao que somos, não ao que os outros são. Não dizemos que cada aluno é parâmetro para si mesmo? Então, como fica isso se nos pensarmos nesta relação? Gostaria que me apontasse onde disse que o resultado era tão ou mais eficiente que atualmente. Neuza, não peço que mude sua opinião com os meus argumentos, não desejo isso de forma alguma. Quero, isso sim, é que através de meus argumentos você questione os seus argumentos e sua forma de pensar, e que questionando-os tenha novas dúvidas e busque novas respostas para aquelas respostas que não fizerem mais sentido. Caso todas as suas respostas continuem fazendo sentido depois disto, então que você fortaleça seus argumentos buscando dar respostas para as contradições que trago neste debate. Você acha que vou dar \"errado\" em seu trabalho se ele não estiver de acordo com minha opinião? Vou desconsidera-lo por isso? Você sabe muito bem que não, e que nunca fiz isto, não é minha forma de conduzir a mediação do conhecimento. Ou você não concorda? O que te leva a pensar que seria melhor não postar sua atividade? Ou você acha melhor eu não lhe dizer, ou não dizer a outro colega, as idéia que não concordo? Acho que o fórum está ficando muito bom, adoro ver o circo pegar fogo. Mas acho que falta muita gente do grupo a participar.
. Tutor Renato o professor para época em que leciona era bastante \"avançado\", pois levava seus alunos para fora da sala de aula, o que já era considerado uma atitude \"genial\" para a época. Quando vivenciamos o dia-a-dia de uma sala de aula vemos as coisas com outros olhos, por outro ângulo, só isso.Não me considero nem mais nem menos do que ninguém, nem sequer me considero inteligente ou mais capaz do que ninguém. Sou e sempre fui uma aluna interessada e uma professora bastante dedicada, talvez muitas vezes agindo de maneira errada com meus alunos, pois os meios não justificam os fins e, talvez eu seja meio maquiavélica. Quando digo que quando agimos em sala de aula vemos as coisas por outro ângulo, vou relatar uma atividade recente. exemplo Por sugestão da professora de Artes Visuais, trabalhei Velazquez com meus alunos e o resultado foi maravilhoso, nem eu imaginava que eles, alunos de 1ª série, fossem capazes de analisar uma obra de Arte, atentando para detalhes como fizeram e a releitura da obra foi feita com muita criatividade a bisavó de um dos alunos visitou a sala de aula e não acreditou que os trabalhos foram feitos por eles.Mérito meu? Não, a produção foi deles e eu nem sequer criei a atividade, apenas aproveitei uma sugestão da professora. Só que acredito que a atividade foi orientada para que isso acontecesse, o que, na minha opinião, o professor do filme não soube fazer. Ele tinha um mundo vasto, riquíssimo pela frente para explorar e não o fez, inclusive poderia ter trabalhado outras disciplinas junto.
Acho que o professor tinha boa vontade, mas deixava muito a desejar.
O filme dava enfoque o menino Moncho que já entrara na escola sabendo ler e escrever e que também já havia desenvolvido o gosto pela leitura, diferentemente de um de seus colegas que não sabia resolver os problemas de matemática.Eu não consigo ver a aprendizagem sobre o ângulo de um único aluno, é preciso considerar todos, com suas vivências, realidade e conhecimentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS


Gostaria de achar uma saída honrosa para mim, mas depois de todo este debate, enquanto estava pesquisando algumas cenas do filme para colocar no meu portfolio de aprendizagens li algumas considerações de outros professores que assistiram ao filme e também mediante toda a eloqüência do tutor Renato não posso ser “o soldado do passo certo” tenho que concordar que havia uma interação aluno-professor, que foi conquistada no momento em que Don Gregório, percebendo que não havia agido corretamente com Moncho, no seu primeiro dia de aula, provocando que todos os alunos chamassem o menino pelo seu apelido “Pardal” e que frente a esta situação fez xixi nas calças, saiu correndo e se escondeu na mata e só foi encontrado à noite.
D. Gregório teve a sensibilidade de perceber e reparar o seu erro, quando foi a sua casa e fez questão de lhe pedir PERDÃO, tornando possível a volta de seu pupilo às aulas.
Também o menino o admirava pela sua grandeza de caráter e pelos seus gestos de dignidade, no momento em que o professor não aceitou o suborno oferecido pelo pai de Roque que mandou presenteá-lo com dois galos para que ensinasse seu filho a resolver os problemas de matemática.
A aprendizagem não acontece só através da construção de conhecimentos, mas também por exemplos, atos e ações que contribuem significativamente para a formação de um indivíduo capaz de saber o que quer e reivindicar seus direitos e cumprir seus deveres na sociedade e, principalmente no mundo atual tão carente de exemplos e referências, cabe ao professor fazê-lo
E também ficou evidente a aprendizagem em várias situações e relatos que o menino Moncho comentava sobre assuntos referidos em sala de aula, por exemplo, no momento em que após a leitura de um livro faz referências as raças branca, negra e amarela e que todos são iguais e têm os menos direitos, indiferente de raça, cor ou classe social.
E também levando em consideração que embora o professor contemple a todos com uma determinada atividade, todos aprendem de maneira diferente e que também em nossas escolas existem alunos diferenciados como Moncho e que aproveitam melhor.
as oportunidades que lhe são oferecidas na construção do seu saber, ficou evidente durante todo o filme que aprendizagens aconteceram.
Com certeza o professor em toda sua bondade entende o gesto de seu aluno que o apedreja, mas há em seu semblante uma expressão de profundo pesar, tristeza e consternação que deixou meu CORAÇÃO PUNJIDO E CHEIO DE DOR.

domingo, 11 de novembro de 2007

Visita a 6ª Bienal do Mercosul

Conforme, já havia sido combinado na primeira aula presencial de Artes Visuais, ontem, dia 10/11, visitamos no Santander as Exposições Monográficas de Jorge Macchi.
Jorge Macchi (Buenos Aires, 1963) é um dos artistas comtenporâneos mais reconhecidos atualmente que trabalha com linguagens que vão do vídeo a recortes de jornal, além de trabalhos produzidos in situ, isto é, no local, no momento, no dia.
São 55 trabalhos produzidos do começo dos anos 90 até agora.
No térreo do MARGS, estavam as Exposições Moográficas de Francisco Matto.
Francisco Matto (Montevidéo, 1911-1995)participou do Atelier Torres-Garcia, no Uruguai. Resgatou a arte pré-colombiana feita pelos índios Incas, Maias e Astecas e formou a sua própria coleção de arte pré-hispânica.
Através do Construtivismo de Torres-Garcia conseguiu uma perfeita união entre a arte antiga e a contemporânea.A Mostra apresenta cerca de 60 obras, de 1939 a 1995.
Exposições Monográficas de Öyvind Fahiström (São Paulo, 1929 - Estocolmo, 1976)filho de pais suecos foi artisa plástico, poeta, jornalista, dramaturgo, crítico, cineasta e ativista político.
É um dos artistas brasileiros mais reconhecidos internacionalmente e menos conhecido no Brasil, sendo homenageado com exposições individuais em Nova York e em Paris.
Esta exposição apresenta sua obra gráfica e múltipla com uma trajetória para uma arte pedagógica, interativa e lúdica.
Esta visita tem como finalidade a elaboração de um Projeto interdisciplinar em Artes Visuais bem como despertar e motivar os professores a visitar espaços culturais e também sempre que possível oportunizar visitas a espaços como estes a seus alunos.
Mais uma vez esta visita reforçou o que já havia dito anteriormente: a Arte Contemporânea, dá valor para as coisas sem valor, valoriza aquil que normalmente é considerado inútil e jogado fora.

Semana de 04/11 a 11/11

Assisti ao filme “A Língua das Mariposas”. O filme acontece na Espanha, não sei precisar bem a época, mas as salas, os cartazes, as portas, as “pastas” onde os meninos carregavam seus materiais, o uniforme: calças curtas com suspensório; uma classe composta só por meninos, remonta a algumas décadas atrás.Apesar das aulas de “História Natural” acontecerem no bosque, próximo à escola e apresentar um vasto campo a ser explorado, tanto pelo professor como pelos alunos, não acontecia aprendizagem porque o professor não se preocupava com os conhecimentos anteriores do aluno e não os instigava a construir suas aprendizagens.O professor se limitava a fornecer informações, a dar respostas prontas. Afirmava, por exemplo que as mariposas tinham a língua em forma de espiral e apenas se limitou a desenhar, com mãos trêmulas no quadro, uma espiral que não chamou a atenção dos alunos e nem despertou interesse, pois aquele simples desenho não significava nada para eles daquela forma isolada como foi apresentada, mas dentro de todo um contexto poderia ser algo instigante , emocionante que poderia levar o professor e seus alunos a inúmeras descobertas e a construírem e ampliarem juntos os seus conhecimentos e “saberes”.Antes de partirem para o bosque os alunos orientados pelo professor deveriam ter feito uma pesquisa com embasamento científico: ( espécies, variedades, reprodução, porque as mariposas têm a língua desta forma, etc) e só então, partir para a comprovação e experimentação desses fatos levantados e estudados, inclusive com a coleta de espécies para serem mais e melhores exploradas em laboratório, isso sem esquecer a quantidade imensa de outros animais que poderiam ser estudados. ( Que material rico tinha este professor em suas mãos e que não soube explorar).Tardif em “saberes, tempo e aprendizagem do trabalho do magistério refere-se que o tempo e a prática são grandes aliados do professor, na medida em que trabalhar remete a dominar progressivamente os saberes necessários a realização do trabalho.Mas, é importante salientar que só a prática e boa vontade não são suficientes. O professor necessita se atualizar, aprender novas técnicas e novas teorias, novos embasamentos científicos para poder aliar à sua prática docente e também não esquecer que a troca entre os pares, a integração entre os colegas são essenciais e imprescindíveis na prática educativa.Pobre professor velho e pobre velho professor vivia isolado numa comunidade onde nada disso era passível de acontecer!!! Por isso, não aconteceu aprendizagens não sequer interação aluno-professor, pois se isso tivesse ocorrido, seu pupilo preferido, o menino Moncho, não teria sido o primeiro a apedrejá-lo quando foi condenado por suas idéias comunistas. O filme terminou de uma maneira muito trágica e triste e, não poderia ter sido diferente, num contexto onde não havia um diálogo entre o professor e os alunos, embora o professor tentasse e a cada tentativa frustrada dava de ombros, se calava e não conseguia sequer agregar seus alunos e descortinar o fantástico mundo de aventuras que todo aquele meio e que toda aquela realidade abarcava em suas entranhas.Segundo Paulo Freire despertar o desejo intrínsico que toda criança tem de aprender são imprescindíveis e decisivos na formação de indvíduos livres e pensantes, portanto, capazes de reivindicar seus direitos e seus deveres.

Tutor Renato, você sempre nos questionando, acho uma boa a sua iniciativa, pois até agora não tive com quem interagir, você é o primeiro.Que bom se tivesse um bosque onde pudesse interargir com meus alunos!!!Muito obigado pelo esclarecimento quanto a épocaem que aconteceu o filme, isso representa a minha falta de cultura, se não saberia a época em que o filme acontecia e a qual guerra se referia.Percebi uma falta total e interesse dos alunos que deram de ombros quando o professor mencionou que se aproximava a primavera e que entã passariam a ter as aulas de História Natural no bosque. Observando esta atitude dos alunos sugeri que então o professor deveria primeiro instigar seus alunos, despertar interesse peloa assuntoo e pensei que uma maneira para isso, seria antes fazer uma pesquisa mais científica sobre as mariposas. Além disso, quem disse que os alunos se interssariam pela mariposa, quando existe uma variedade imensa de outros insetos no bosque? Neste sentido vejo um professor que não estava preocupado com os conhecimentos adquiridos anteriromente por seus alunos, que possivelmente, não desconheciam a existência do bosque.A demais me deu a impressão que os alunos corriam feitos moscas tontas das mariposas para os formigueiros estonteados durante toda aquela exuberância da natureza. Acho que a visita ao bosque deveria te sido programada anteiormente pelo professor. Talvez eu ainda esteja falando uma coisa e agindo totalmene diferente, mas acho que o professor deve ser o orientador , o fio condutor de qualquer atividade para que a aprendizagem seja efetivada.Quanto a interpretação do filme acho perfeitamente normal que as pessoas divergiam em opiniões, o filme não é diferente de uma obra de arte e cada um a interpreta de sua maneira, de acordo com sua experiências e vivências e com seus conhecimentos anteriores.
08/11/2007 22:49:03
Continuando, acho que na aula não havia apenas um único alunos, mas vários outros e o Moncho era um aluno que gostava de ler, a leitura fazia parte da sua vida, mas e os outros alunos, qual era a realidade desses alunos? O professor também presenteava os outros alunos com livros?Eu tive impressão que nem o próprio Moncho se interessava pela língua das mariposas, pois bem no momento em que o professor iria lhe mostrar a forma da língua da mariposa, ele saiu correndo, atraído pela voz de seus colegas e também pelo seu interesse na menina, irmã de seu colega e que o professor se limitou a balançar a cabeça e soltar a mariposa.E acho que no final do filme quando Mocho apedrejava o professor ele não o chamou pelo nome cient´fico da l´ngua da mariposa, mas sim pelo nome do pássaro ou animal que quando estava apaixonada presenteava a fêmea com orquídeas, tanto que quando o Moncho correu para o lago onde se banhava seus colegas o professor apanhou uma flor, uma espécie de margarida para que Moncho presenteasse sua colega e ele exitou, pois não seria esta a flor, mas encorajado pelo professor ofertou o mimo à menina.Me senti literalmente apedrejada na pessoa do professor, talvez seja em função do momento que vivemos na escola e o que ouvimos dos pais em frente ao portão:-Essas professoras são todas umas irresponsáveis.Parece que se tivessem uma oportunidade semelhante não exitariam em nos apedrejar, pais e alunos.Desculpem o deabafo, mas é assim que me sinto no momento.
09/11/2007 03:21:31
Neuza,Parabéns pela sua argumentação, vejo que tem razão em vários aspectos. Gostaria muito que o fórum continuasse neste ritmo que você empreendeu. Vou fazer um pequeno comentário, mas não muito, porque quero que os outros também se manifestem. Eu não compreendi quando você disse que se sentiu apedrejada, por mim ou pelos pais? Se foi por mim, desculpe, não foi minha intenção. Confesso que quando assisti o filme, no final, fiquei um tanto indignado com o comportamento da população, prova que o filme mexeu muito comigo. Porque aquela atitude da população, de não só escolher o silencio diante do fascismo, como negar as pessoas mais próximas para salvar a pele, me deixa mexido, porque na história está cheio desse tipo de comportamento. É a metáfora de Pedro que negou Jesus para se safar. Mas não sei se é o caso de falar sobre isso aqui, acho que está muito relacionado a valores, e discutir isto aqui poderá desvirtuar o fórum.A riqueza de detalhes com as quais descreveu a passagem me convenceram a assistir o filme novamente, talvez muitas coisas tenham me passado. Neuza, o filme se passa na segunda metade da década de 30, muito provavelmente em 1936. Lembre-se que no final ele é preso pelas tropas nacionalistas, foi o início da guerra civil espanhola. Vou sair em defesa do professor e fazer uma provocação. Quando você diz \"Antes de partirem para o bosque os alunos orientados pelo professor deveriam ter feito uma pesquisa com embasamento científico\", fiquei me perguntando, por que? Por que não poderia ser diferente? Por que explicar ciências no bosque não poderia ser um bom método? Tive a impressão de que o professor andava com seus alunos e os observava, tentava ver o que chamava a atenção de seus alunos no mundo real. Além disso, a ciência nasce do real, não o real da ciência, portanto, nada melhor que observar a natureza para depois refletir sobre ela. Tive a impressão de que ele conseguia despertar o interesse de Mocho, deu inclusive um livro ao qual a criança se interessou. É um ponto de vista, gostaria de saber se concorda.Também tive uma interpretação bem diferente da sua no final do filme. Meu entendimento foi que o filme retrata uma face cruel do ser humano, mostra que a sociedade é capaz de trair seus valores diante do medo. O filme mostrou toda a metamorfose e toda ambigüidade do ser humano nos pais de Mocho, passando pelo medo, pela vergonha e pela encenação da raiva. Mocho é o retrato da injustiça da humanidade, ou, da desumanidade criada pelos seus próprios pais, mas que de forma inconsciente reconhece o valor daquele professor quando o chama pelo nome científico da tromba da mariposa. Isto é a prova de que ele aprendeu algo, e a metáfora de seus próprios pais, que “apedrejaram” alguém que fez de sua vida uma luta pela educação, inclusive de seus próprios filhos. Essa foi a minha interpretação, gostaria de saber a dos demais também. Parabéns, Neuza, pelas suas contribuições, estão ótimas.
Pela primeira vez, transcrevi toda as postagens feitas no fórum, bem como as argumentações do tutor Renato para que se torne compreensível para todos os que possam vir a ler os comentáriosCconforme previ a semana passada o filme A língua das mariposas foi instigante e rendeu muitas reflexões, enriquecidas pela colaboração do tutor Renato a quem gostaria de deixar registrado o meu reconhecimento e meu agradecimento pelas suas preciosas intervenções não só nesta atividade, mas em todas as demais.

domingo, 4 de novembro de 2007

Filme A Língua das Mariposas

Há pouco assisti ao filme A Língua das Mariposas.
Muito interessante, me levou a vários questionamentos que terei oportunidade de discutir no fórum com meu grupo. Espero ter uma semana rica em interações e trocas e também enriquecer este espaço com elas.

Galeria de Artes

Consegui postar minha releitura da obra " As Meninas" de Velazquez.
Foi tragi-cômico, ficamos eu e meu marido tentando acessar o site da Galeria de Artes até as 2 horas, quando meu filho chegou de uma festa e perguntou:
- Mãe, aqui no e-mail diz que você recebeu um convite, a algum tempo atrás, para participar do blog.
- Que convite, filho? Eu não recebi convite "coisíssima nenhuma"!!
- Claro que sim, ele deve estar em algum e-mail!
Caimos todos na gargalhada e fomos dormir, pos estávamos exaustos.
No outro dia, procurei e encontrei o tal e-mail e agora faço parte da galeria dos famosos. Fiquei tão emocionada que até deixei postagem das "Meninas" também no meu portfolio.
Me sinto como meus alunos de 1ª série, a cada dia um novo desafio a vencer.Que bom que eles também tivessem o apoio de suas famílias!

Visita a Brinquedoteca da UFRGS

Finalmente esta semana consegui ir até a Brinquedoteca da UFRGS alugar joguinhos para meus alunos; tenho alunos pré-silábicos, silábicos e alfabéticos.
Há uma variedade bem grande de jogos e trouxe atividades que contemplam as necessidades dos diferentes níveis que se encontram os alunos, envolvendo sílabas, frases e contação de histórias através de gravuras. Pretendo devolvê-los esta semana e trazer mais novidades.
Tenho percebido que estão bastante envolvidos, trabalhando em grupo e realizando suas próprias trocas e construções.

Visita a Feira do Livro

Como demorei mais do que esperava na visita a Bienal, fiquei pouco tempo na Feira do livro.
Procurei me deter um pouco mais nas bancas deLiteratura Infantil.
As obras que mais me chamaram atenção eram bastante caras entre R$ 50,00 e R$ 70,00.
Também havia vários livros cujos preços variavam entre R$ 3,00 e R$ 5,00, portanto mais acessíveis.
Todos nossos alunos deveriam visitá-la, pois como dizia Monteiro Lobato "uma civilização é feita de Homens e Livros".
Gostaria de deixar registrado neste espaço a importância e riquezas proporcionada pelos trabalhos em grupo, permitindo a integração e a interação entre colegas e fortalecendo nossas construções.

Visita a Bienal

Aproveitando o final de semana prolongado fia minha visita a Bienal no Cais do Porto.
Fiquei impressionada como é possível fazer arte, criar obras,com materiais tão simples, tornando útil o que aos olhos de muitos não passa de simples sucata.
Muitas obras me passaram tranqüilidade e outras me pareceram meio estranhas. Também tive a oportunidade de curtir um visual lindíssimo do por do sol junto ao Guaíba.É uma lástima que este espaço atualmente ocioso não seja mais intensamente explorado.Aliás, o prédio em si, já constitui uma verdadeira obra de arte.
Impressionante, como em questão de segundos, passei do burburinho da cidade para um ambiente de total calma e tranqüilidade. Sai de lá, revigorada e com a certeza que com um pouco de criatividade, com uma dose de boa vontade e alguns embasamentos é possível levar um pouco de toda essa beleza para a sala de aula e dar aos nossos alunos a oportunidade de também se sentirem artistas.

Semana de 29/10 a 04/11 Atividades Intensas


Pesquisando sobre as atividades musicais da minha cidade constatei que Porto Alegre possui uma atividade musical intensa, com músicas dos mais variados gêneros, para todos os gostos e "bolsos". Acontecem desde espetáculos com entrada franca até shows caríssimos com o valor de R$ 200,00.
Entrevistei uma banda de jovens amigos de meus filhos que se apresentam em bares noturnos da cidade com o ingresso no valor de R$ 6,00 também já tiveram uma participação no Programa RADAR da TVE.
Lendo o texto " As porcarias que ouvimos" entendi o poder e a influência da mídia também na música e como se torna difícil bandas pequenas como estas chegarem a uma grande projeção. Mas, sonhar é possível e só quem sonho tem seus desejos e projetos realizados.
Foram amáveis, solícitos e disponibilizaram todo o material que possuiam. Portanto, eles já estão fazendo acontecer...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Releitura da obra de Velasquez "As Meninas"


Representei a infanta D. Margarida como sendo uma criança comum, igual aos nossos alunos quem freqüentam nossas escolas e que moram próximo e se deslocam a pé. Ela é aluna da 1ª série do Colégio Elpídio Ferreira Paes que possui um lindo jardim que é um colírio para os alunos e professores. A menina Margarida é aluna da professora Neuza.