domingo, 29 de novembro de 2009

Retorno a a tividade de Planaejamento


No dia 1° de novembro fiz duas postgens: Tema Geradores e Planejamento.

A atividade de Tema Geradores, juntamente com os comntários da tutora Patrícia me inspirou e me auxiliou na construção da primeira questão do Workshop.

A de Planejamento precisou ser alterada em função dos comentários da profi Thaise Silva, pois não havia entendido o significado da SISTEMATIZAÇÃO e por isso estou retornando a postagem com as atualidades. Assim que obtiver os comentários finais, retornarei com os mesmos.PEAD/ UFRGS – INTERDISCIPLINA LINGUAGEM E EDUCAÇÃO – 2009/02
ALUNA: NEUZA TEREZINHA DA ROCHA
POLO: GRAVATAÍ
PROFESSORA RESPONSÁVEL: THAISE SILVA

TURMA: 2º ano de Ensino Fundamental
TEMÁTICA: O CIRCO

JUSTIFICATIVA

Os alunos estão eufóricos com a presença do circo na comunidade. A professora percebe, então, a oportunidade para abordar o assunto de forma a ampliar os conhecimentos dos mesmos, sobre a arte circense, uma das mais antigas que está se atualizando por meio da incorporação de novas linguagens, atraindo cada vez mais pessoas e, principalmente o público infantil.
A temática é de interesse dos alunos e permite também a abordagem de conteúdos de forma criativa e prazerosa.

ROTEIRO DE ATIVIDADE
1. LEITURA
1.1 – OBJETIVO
Oportunizar situações e momentos diferenciados através dos quais os alunos exercitem a leitura, a imaginação e a expressão oral.
1. 2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos estarão sentados em círculo, no chão.
1. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Livros e textos sobre o Circo estarão à disposição dos alunos sobre a mesa da professora.
1. 4– DESENVOLVIMENTO
Inicialmente a professora solicita que os alunos juntamente com ela sentem-se no chão e inicia a leitura do conto: “O Nariz do Palhaço” extraído do livro “Bagunça Feita” de Edson Gabriel Garcia.
Em seguida, propõe um entendimento da história e dos acontecimentos e a ordem em que os mesmos acontecem, identificando como a história começa; quando aparece o problema e seu desfecho.
O texto contém uma ilustração atraente e a professora chamará a atenção dos alunos para os personagens que aparecem que poderão ser facilmente identificados através da ilustração de suas roupas e as atividades que exercem.
A professora deverá conversar também sobre o circo, questionando: - Quem gosta de circo? Quem já foi ao circo? O que mais gostou? O que fazem os artistas?
- Esses personagens são vistos apenas no circo? Ou também em outros lugares?
Após, os alunos serão instigados a procurar no material disponível sobre a mesa o que mais lhe agradar para proceder à leitura individual. Nesse momento haverá rodízio de textos e ou histórias entre os alunos.
2. - PRODUÇÃO TEXTUAL
2. 1- OBJETIVO
Produzir um texto através da apropriação das idéias da história contada pela professora e também das leituras e vivências de cada um.
2. 2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos sentados em grupos de 4, conforme combinações estabelecidas enquanto ainda estavam na formação original.
2. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Será utilizado o material individual e do cotidiano do aluno, ou seja, lápis, borracha e folha pautada distribuída pela professora.
2. 4 - DESENVOLVIMENTO
Cada grupo construirá seu texto e fará a leitura e correção do mesmo junto à professora com o auxílio do dicionário, dos textos e livros disponíveis.
Durante a correção será dada ênfase a escrita dos nomes próprios com intuito de prepará-los para atividade de sistematização.
3 - JOGO – Adaptação jogo de Stop.
3. 1- OBJETIVO
Desenvolver a atenção, a destreza, o respeito e o espírito de cooperação no intuito de realizar a tarefa de forma correta, num esforço coletivo.
3. 2 - ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos sentados em grupo conforme formação anterior.
3. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Folha mimeografada distribuída pela professora, lápis e borracha.
3. 4 – DESENVOVIMENTO
A professora solicitará que cada grupo liste um maior número de personagens do circo num tempo determinado. Vence o grupo que obtiver o maior número de personagens.
4. – SISTEMATIZAÇÃO – nome próprio.
4.1 – OBJETIVO
Escrever corretamente nomes próprios, utilizando o emprego da letra maiúscula.
4. 2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos ainda continuarão sentados em grupo, após o término do jogo e passarão a realizar a próxima atividade
4. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Quadro negro, giz, folhas de ofício, cartolina, lápis de cor e material de sucata solicitado anteriormente pela professora.
4. 4 – DESENVOLVIMENTO
A professora dará início à tarefa traçando uma linha divisória no quadro e solicitando que alternadamente alunos de cada grupo listem os personagens surgidos durante o jogo. (A correção de eventuais erros será feita coletivamente). Em seguida, a professora passará a escrever na outra metade do quadro nomes próprios que serão atribuídos aos personagens pelos alunos. Deverão comparar as duas listas de modo a observar que na lista com os nomes dos personagens as palavras começam com letra maiúscula e, na outra com letra minúscula.
Por último, cada grupo deverá retornar ao texto inicial identificar os personagens com seus devidos nomes ou atribuir-lhes nomes próprios caso ainda não tenham, caracterizá-los e apresentá-los aos demais colegas.

O NARIZ DO PALHAÇO – texto que foi lido pela professora
Certa vez, instalado numa cidade grande, o circo Bagunça Feita dava mais um espetáculo.
_ Mocotó, é a sua vez de entrar no picadeiro! A criançada está esperando você!
Era a voz do Lambari chamando o palhaço para fazer estripulias de sempre.
Mocotó suspirou fundo, escovou as pontas dos sapatos de bico fino, ajeitou o elástico da cintura e respondeu:
_Já estou indo... j á estou indo...
Mocotó deu dois passos, mas parou.
_Ué, onde está meu nariz de bola vermelha?
Sem saber onde estava seu nariz de bola vermelha, Mocotó voltou ao camarim reclamando:
_Palhaço sem nariz de palhaço não é palhaço! Que é que eu faço sem nariz de palhaço?
Como não tinha ninguém no camarim, o palhaço pôs-se a procurar seu nariz.
Meteu a mão dentro do baú do mágico Zé Gogó e puxou três dúzias de coelhos, sete lenços coloridos, oito guarda-chuvas, quatro pombos, quinze dúzias de flores, três pares de meia, duas cuecas e...nenhum nariz de bola vermelha de palhaço.
Procura que procura e nada de achar.
Ele deu uma olhada geral no camarim: roupas penduradas, perucas, bolas, armação de ferro, palmatória, cadeiras, espelho, tudo, menos seu nariz de bola vermelha.
_Só falta olhar na caixinha do Domador de Pulgas... mas não sei se devo mexer com as pulgas...esses bichos...
De novo o grito do dono do circo:
_Ei, Mocotó, o pessoal não agüenta mais esperar!
Mocotó nem respondeu. Apavorado, quase chorando, aproximou-se da caixa de pulgas e espiou pelo buraquinho. As pulgas, danadas, brincalhonas, foram logo fazendo gozação com o palhaço:
_Palhaço boboca nariz de pipoca!
_Palhaço boboca, nariz de pipoca!
Mocotó até gostou da brincadeira e pensou: “Se elas disseram que eu tnho nariz de pipoca é porque eu tenho, ora bolas!”
Ele deu meia volta no corpo e foi em direção ao espelho do camarim.
Surpresa!
_E não é que o meu nariz de bola vermelha está em cima do meu nariz de verdade?
Satisfeito, Mocotó não esperou o dono do circo, chamá-lo outra vez. Botou um grande sorriso preto e branco embaixo do nariz de bola vermelha e entrou no picadeiro, gritando:
_Hoje tem espetáculo?
E a platéia alegre respondeu em coro:
_Tem, sim senhor!
Edson Gabriel Garcia
Circo Bagunça Feita.
São Paulo: Moderna, 1986.
Esta aula gerou o Projeto de Aprendizagem. http://circodasaprendencias.pbworks.com

domingo, 22 de novembro de 2009

Conclusões do PA "Circodasaprendencias


Após o retono das respostas do questionário, resolvi construir com meus alunos um gráfico sobre alguns itens do questionário que foram selecionados por eles próprios. Decidiram-se pelas seguintes questões:



Do que você mais gostou no circo?



Havia animais no circo?



Quais?



A atividade iniciou com as crianças sentadas em "U" e com as questões selecionadas escritas em folha de ofício. Definimos também as cores que iriam representar cada item. Um saco contendo os legos passariam de mão em mão

de maneira que odos pudessem participar enquanto um aluno iria marcando os pontos e acompanhando no quadro.

Foi bastante demorado e tivemos que interromper a atividade, pois tínhamos aula de Educação Física. Mesmo assim

conseguimos terminá-la e por sugestão dos alunos identificamos cada item da questão com uma gravura colada num palito. Em seguida, combinamos que cada aluno representaria o gráfico conforme o seu entendimento.



Concluimos essa atividade e tentamos fazer um registro da mesma. Porém, não conseguimos devido ao adiantado da hora e porque também não surgia uma proposta adequada. Combinamos que no outro dia retornaríamos a atividade que começou meio devagar dando a impressão que não íamos muito longe.



CONCLUSÂO



Cada personagem do circo tinha um voto. O palhaço teve 8 votos. O Globo da Morte 6 votos, 3 para os animais e 2 para o trapezista.Vimos que o palhaço foi o vencedor e que havia muitos animais nos circo que foram, mas não era do que mais gostavam. Gostavam mais do palhaço que sempre foi a personagem de mais sucesso e que aparece sempre.

Através das leituras, pesquisas e conversas com nossos parentes descobrimos também que os animais moravam no circo em jaulas, gaiolas e não na floresta que é o seu "habitat" natural.



O mágico que esteve na escola também tinha animais em sua apresentações, mas ele nos ensinou que devemos cuidar muito bem deles e nos contou a história do seu cão que foi encontrado na lata de lixo e que ele cuidou, deu comida e ele melhorou e até hoje o acompanha.



Também vimos que alguns circos como o Cirque Du Soleil - Circo do Sol - não tem animais em suas apresentações. Nesse circo tem palhaço, trapezista, contorcionista, malabarista. tem muitas personagen, cores, luzes, danças e música. É um show. No ano passado esse circo esteve na inauguração do Barra Shopping.Soubemos que o ingresso é bastante caro. A tia da Paloma assistiu e vimos uma foto onde ela aparece sorridente assistindo ao espetáculo.



No circo de antes tinha até lutas de gladiadores e corridas de carros puxados por cavalos. Eram espetáculos bem violentos. Agora, nem se pensa mais nisso! As apresentações com animais estão sendo substituídas por novas atrações.



Para ter animais nos circos os donos precisam assinar papéis para ser totalmente legalizados o seu uso em sua apresentações. Eles se comprometem a cuidar dos animais dando comida e água e não maltratando-os, pois muitas vezes os animais são abandonados e morrem de fome e de sede.



Agora já temos circos mais modernos e os animais estão sendo soltos para ficar na selva e também nos zoológicos onde são bem cuidados e podem ser admirados e conhecidos por todos.

CONSIDERAÇÕES DA PROFI:

Considero essa uma primeira tentativa de colocar de registrar a tentativa de um Projeto de Aprendizagem construído juntamente com meus alunos. Certamente houve falhas. Mas, valeu sobretudo como iniciativa e vontade de inovar na construçõ de conhecimentos de forma interativa e colaborativa.



Foi válida, com ceteza! Principalmente porque meus alunos foram pesquisadores tenazes o que absorveu bastante tempo e que resultou até em algumas reclamações por parte dos pais porque seus filhos estavam fazendo poucos exercícios.



Me surpreendi com o vocabulário que usaram e na apropriação que fizeram da leitura e da escrita, ficando muitas vezes evidente nelas os jeitos e trejeitos da profi .Não sei até aonde ou o quanto isso é válido, mas eu me senti bastante orgulhosa com isso. Reflete uma construção e uma caminhada feito ao longo do ano e não somente nesse momento.

Gostaria de registrar também que o que era para ser um gráfico resultou eu diria num MAPA CONCEITUAL, pois depois dele e apartir dele os alunos foram construindo de maneira expontânea e natural um texto colaborativo que respondia algumas de suas dúvidas e certezas temporárias bem como a questão norteadora do PA.

domingo, 15 de novembro de 2009

EJA como resgate de uma dívida social

Esta semana passamos eu, e meu grupo A'normais, Mara, Marília, Neila, envolvidas nas pesquisas, gráficos e levantamentos para construirmos um Poster sobre EJA e sensibilizada me prontifiquei a escrever um síntese sobre o que havíamos construído até então que provavelmente algumas dessas falas irão aparecer na versão final, logicamente, enriquecidas, costuradas, alinhavadas com as idéias e conclusões das demais colegas, pois afinal aprendemos na interação e nas trocas umas com as outras.
Aí vai o que escrevi:

Não há um consenso quanto ao início da EJA – Educação de Jovens no Brasil. Acredita-se que essa prática tenha iniciado no Brasil nos idos de sua colonização quando da chegada da Cia de Jesus, em 1549, através da evangelização e catequização dos índios.
Para pensar e situar a EJA nos dias atuais é necessário nos remeter a Educação de Adultos – EDA- relegada ao um segundo plano no âmbito das políticas públicas voltadas aos excluídos no campo econômico, social e político-cultural da sociedade brasileira bem como nos aponta Comerlato (1998).
Falar em EJA nos remete pensar em uma dívida social que carece de reparo por políticas inclusivas, equalizadoras e qualificadoras. Visto sob essa perspectiva, a EJA representa o resgate de uma dívida social com aqueles que não tiveram acesso e nem domínio da leitura e da escrita, na escola ou fora dela numa sociedade que se diz altamente letrada.
Muitos foram os momentos marcantes e as tentativas de erradicar o analfabetismo de nosso país e que foram abortadas por uma elite “politiqueira” que não vê interesse no empoderamento que a alfabetização representa para aqueles sujeitos que vivem à margem da sociedade e que na sua maioria representa a força bruta de trabalho.
Surge, porém nos anos de 1960 a figura de Paulo Freire cuja sensibilidade permitiu perceber quão ingênuas e distantes do interesse de jovens e adultos que chegavam cansados de um dia de trabalho ou de um dia sem trabalho se encontravam as cartilhas de alfabetização. E através dos “temas geradores” inovou a alfabetização não apenas como leitura de texto, mas, sobretudo, como uma leitura de contexto , possibilitando ao aluno que juntamente com a descoberta do código de leitura e escrita fosse ao mesmo tempo relendo e reescrevendo de forma crítica e dialógica o mundo no qual vive, gravita, age e reage, cria e procria.
Falamos de re (leitura) e de re (escrita) de mundo, pois a primeira leitura e escrita foi forjada, na sua infância, no manuseio da pá e da enxada nas lidas rurais auxiliando seus pais, ou quando adulto colocando tijolo sobre tijolo na construção de uma vida marcada pelo sofrimento, descriminação e humilhação. Sim porque ser analfabeto é estigma de ignorante, de indolente de preguiçoso e até quem sabe de presunçoso.
A EJA simboliza o resgate de uma dívida social com aqueles que não tiveram acesso ou domínio da leitura e da escrita.
Nesta busca o que o professor de EJA deve investigar não os homens, mas o seu pensamento-linguagem e os seus níveis de percepção sobre a realidade que os cerca de maneira a questioná-la e conhecê-la sobre diferentes ângulos e perspectivas de modo a (re) estruturá-las (re) significá-las no encontro de soluções no constructo de uma sociedade mais igualitária e mais solidária.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SANT’ANNA, Sita Mara Lopes. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, Uma perspectiva histórica.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagens. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.

domingo, 8 de novembro de 2009

Algumas das aventuras na construção de um PA


Há alguns dias iniciamos a construção de um Projeto de Aprendizagem que tem como temática O CIRCO eque tem representado para mim momentos de reflexão e aprendizagens.

Na Sexta-feira ( 06/11) fomos até a sala de vídeo para uma "sessão-cinema" com direito, inclusive a pipoca.
Assistimos a um filme com atrações do Circo du Soleil. De volta à sala de aula resolvemos criar um texto coletivo que ficou assim:



CIRCO DU SOLEIL = Circo do Sol



É diferente dos outros circos porque tem atrações diferentes. Tem música. Sempre aparece uma mulher com vestido preto e outra com vestido branco que estão cantando.

Aparecem atores e palhaços, porém não tem mágico e nem globo da morte. Só tem pessoas trabalhando. Não tem animais.

Achamos que a maioria dos artistas são chineses porque sua aparência é idêntica as fotografias de pessoas chinesas que a aparecem num jornal que nossa colega Paloma trouxe para a sala de aula.

A Sandy, porém falou que a maquiagem poderia deixar as pessoas com essa aparência. (olhos puxados).

Vale a pena ir nesse circo porque vemos muitos contorcionistas.



Obs: Ficou evidente que os alunos já são capazes de criar um texto com uma certa estrutura (início,meio e fim) e observando uma sequência lógica.( Com direito a recheio e tudo mais, Uauuuuu!!!)

IMPORTANTÍSSIMO: Só agora, após as leituras para as a realização da atividade de comentário sobre as questões da atividade 5 de Seminário Integrador, a profi se deu conta que esqueceu de construir juntamente com os alunos a questão norteadora, Sem ela corremos o risco de andar em círculo e perdermos a oportunidade de nos tornarmos sujeitos investigativos desse processo.

PROVIDENCIAREMOS!!! Somos marinheiros de primeira viagem.

Algumas considerações:

O Projeo de Aprendizagem tem uma estrutura que precisa ser mantida. Exige planejamento, reflexão e sobretudo mudança de postura do professor que deixa a posição de dono do saber e passa ser aprendiz e sujeito de pesquisa juntamente com seus alunos. Constrói-se conhecimentos na interação e de forma colaborativa o que gera com certeza uma ampliação e maior compreensão do saber.
Acredito que essa postagem diz respeito a todas as Interdisciplinas, pois parte de assunto de interesse dos alunos, envolve planejamento, reflexão. O PA tem também uma estrutura que precisa ser mantida:

domingo, 1 de novembro de 2009

Temas Geradores


Outra atividade bastante interessante da semana foi a da Interdisciplina de Didática e Planejamento sobre TEMA GERADORES.
Permitiu uma reflexão sobre o tema e também sobre a figura de Paulo Freire cuja sensibilidade lhe permitiu perceber quão inggênuas e distantes do interesse de jovens e adultos que chegavam cansados de uma dia de trabalho ou de um dia sem trabalho eram as cartilhas de alfabetização.
E através dos "temas geradores" inovou a alfabetização não como apenas a leitura de texto, mas , sobretudo, como uma leitura de contexto, possibilitando ao aluno que juntamente com a descoberta do código de leitura e de escrita fosse ao mesmo tempo fazendo uma relendo e reescrevendo de forma crítica e dialógica o mundo no qual estava inserido.

Cativou-me também o texto escrito por Frei Betto por ocasião de sua morte.

Paulo Freire:a leitura do mundo.

"Ivo viu a uva", ensinavam os manuais de alfabetização. Mas, o professor Paulo Freire, com seu método de alfabetizar conscientizando, fez adultos e crianças, no Brasil e na Guiné Bissau, na Índia e na Nicarágua, descobrirem que Ivo não viu apenas a uva com os olhos. Viu também com a mente e se perguntou se a uva é natureza ou cultura.
Ivo viu que a fruta não resulta do trabalho humano. É Criação, é natureza. Paulo Freire ensinou a Ivo que semear uva é ação humana na e sobre a natureza. É a mão, multiferramenta, despertando as potencialidades do fruto. Assim como o próprio ser humano foi semeado pela natureza em anos e anos de evolução do Cosmos. Colher a uva, esmagá-la e transformá-la em vinho é cultura, assinalou Paulo Freire. O trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo, o homem e a mulher se humanizam. Trabalho que instaura o nó de relações, a vida social. Graças ao professor, que iniciou sua pedagogia revolucionária com operários de Senai de Pernambuco, Ivo viu também que a uva é colhida por bóias-frias, que ganham pouco, e comercializada por atravessadores, que ganham melhor.
Ivo aprendeu com Paulo que, mesmo sem ainda saber ler, ele não é uma pessoa ignorante. Antes de aprender as letras, Ivo sabia erguer uma casa, tijolo a tijolo. O médico, o advogado ou o dentista, com todo o seu estudo, não era capaz de construir como Ivo. Paulo Freire ensinou a Ivo que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social. Ivo viu a uva e Paulo Freire mostrou-lhe os cachos, a parreira, a plantação inteira. Ensinou a Ivo que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto que Ivo extrai o pretexto para agir. No início, meio e fim do aprendizado é a práxis de Ivo que importa. Práxis-teoria-práxis, num processo indutivo que torna o educando sujeito histórico.
Ivo viu a uva e não viu a ave que, de cima, enxerga a parreira e não vê a uva. O que Ivo vê é diferente do que a ave vê. Assim, Paulo Freire ensinou a Ivo um princípio fundamental da epistemologia: a cabeça pesa onde os pés pisam. O mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na Terra, e a de Copérnico, ao imaginar-se com os pés no Sol.
Agora Ivo vê a uva, a parreira e todas as relações sociais que fazem do fruto festa no cálice de vinho, mas já não vê Paulo Freire, que mergulhou no Amor na manhã de 2 de maio. Deixa-nos uma obra inestimável e um testemunho admirável de competência e coerência. Paulo deveria estar em Cuba, onde receberia o titulo de doutor honoris causa da Universidade de Havana. Ao sentir dolorido seu coração que tanto amou, pediu que eu fosse representá-lo. De passagem marcada para Israel, não me foi possível atendê-lo. Contudo, antes de embarcar, fui rezar com Nita, sua mulher e os filhos, em torno de seu semblante tranqüilo: Paulo via Deus.

Frei Betto

Fonte: http://portal.mec.gov. br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf, acesso em 01/12/2007.

Planejamento


Este planejamento foi solicitado pela Interdisciplina de Linguagem e Planejamento e sempre costumo textar sua viabilidade junto a turma. Por ser um tema que partiu do interessse das crianças tem rendido muitas leituras, produções e pesquisas. (Minha máquina estragou e não pude fazer o registro das fotos. É uma pena!)


PEAD/ UFRGS – INTERDISCIPLINA LINGUAGEM E EDUCAÇÃO – 2009/02
ALUNA: NEUZA TEREZINHA DA ROCHA
POLO: GRAVATAÍ
PROFESSORA RESPONSÁVEL: THAISE SILVA

TURMA: 2º ano de Ensino Fundamental
TEMÁTICA: O CIRCO

JUSTIFICATIVA

Os alunos estão eufóricos com a presença do circo na comunidade. A professora percebe, então, a oportunidade para abordar o assunto de forma a ampliar os conhecimentos dos mesmos, sobre a arte circense, uma das mais antigas que está se atualizando por meio da incorporação de novas linguagens, atraindo cada vez mais pessoas e, principalmente o público infantil.
A temática é de interesse dos alunos e permite também a abordagem de conteúdos de forma criativa e prazerosa.

ROTEIRO DE ATIVIDADE
1. LEITURA
1.1 – OBJETIVO
Oportunizar situações e momentos diferenciados através dos quais os alunos exercitem a leitura, a imaginação e a expressão oral.
1.2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Neste primeiro momento os alunos estarão sentados em circulo, no chão.
1. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Livros e textos sobre o Circo estarão à disposição dos alunos sobre a mesa da professora.
1.4– DESENVOLVIMENTO
Inicialmente a professora solicita que os alunos juntamente com ela sentem-se no chão e inicia a leitura do conto: “O Nariz do Palhaço” extraído do livro “Bagunça Feita” de Edson Gabriel Garcia.
Em seguida, propõe um entendimento da história e dos acontecimentos e a ordem em que os mesmos acontecem, identificando como a história começa; quando aparece o problema e seu desfecho.
O texto contém uma ilustração atraente e a professora chamará a atenção dos alunos para os personagens que aparecem que poderão ser facilmente identificados através da ilustração de suas roupas e as atividades que exercem.
A professora deverá conversar também sobre o circo, questionando: - Quem gosta de circo? Quem já foi ao circo? O que mais gostou? O que fazem os artistas?
- Esses personagens são vistos só no circo? Ou também em outros lugares?
Após, os alunos serão instigados a procurar no material disponível sobre a mesa o que mais lhe agradar para proceder à leitura individual. Nesse momento haverá rodízio de textos e ou histórias entre os alunos.

2.PRODUÇÃO TEXTUAL
2.1- OBJETIVO
Produzir um texto através da apropriação das idéias da história contada pela professora e também das leituras e vivências de cada um.
2. 2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos sentados em grupos de 4.
2. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Será utilizado o material individual e do cotidiano do aluno, ou seja, lápis, borracha e folha pautada distribuída pela professora.
2. 4 - DESENVOLVIMENTO
Cada grupo construirá seu texto e fará a leitura e correção do mesmo junto à professora com o auxílio do dicionário, dos textos e livros disponíveis. 3 . 1 - JOGO
3. 1- OBJETIVO
Desenvolver a atenção, o espírito de cooperação e de competição necessários para o envolvimento do grupo na busca da solução adequada.
3.2 - ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos sentados em grupo.
3 . 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Folha mimeografada, lápis e borracha.
3.4 – DESENVOVIMENTO
A professora solicitará que cada grupo liste um maior número de personagens do circo num tempo determinado. Vence o grupo que obtiver o maior número de personagens.
4. – SISTEMATIZAÇÃO
4.1 – OBJETIVO
Desenvolver a criatividade e a capacidade inventiva na busca da melhor caracterização, descrição e interpretação do personagem.
4.2 – ORGANIZAÇÃO DA TURMA
Alunos ainda continuarão sentados em grupo. Terminada a tarefa, cada grupo, por sua vez procederá, sua apresentação, neste momento se deslocando até a frente, onde inclusive, poderão utilizar um palco construído anteriormente.
4. 3 – ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Folhas de ofício, cartolina, lápis de cor e material de sucata que já dispõe na sala de aula e que são de uso coletivo
4.4 – DESENVOLVIMENTO
Cada grupo deverá escolher uma das personagens listadas desenhá-la, identificá-la, caracterizá-la e apresentá-la aos demais grupos.( A professora terá o cuidado para que não ocorra a duplicidade de personagens).
Finalizada as apresentações, as produções, juntamente com os textos construídos serão colocadas no mural da sala de aula.


Este Planejamento sofrerá alterações para a postagem final que deverá se construída após as leituras solicitadas pela interdisciplina.