domingo, 27 de setembro de 2009

*Muitas leituras, muitos fóruns, porém pouca produção textual


Vou eleger a atividade de Libras como a mais importante dessa semana, sobretudo porque nos faz refletir sobre a inclusão da pessoa surda na sociedade. A questão se baseava em se conhecíamos uma pessoa surda e como faríamos para nos comunicar com uma pessoa surda.

Cultura Surda e Comunidade Surda.

Há vários anos atrás quando trabalhava numa firma de digitação tinha três colegas surdos o que me causou certa estranheza, pois na época não era comum o processo de inclusão; eram meados da década de 70. Não tive um relacionamento mais próximo com eles, mas percebia que eram jovens bastante alegres e comunicativos e “conversavam” muito entre si através de gestos e sinais. Dava para perceber que eram bastantes amigos e unidos. Nessa época, imaginava que procediam dessa maneira porque era minoria dentro de um grupo, mas agora sei que isso significativa muito mais. Significava, sobretudo, que tinham uma "identidade", isto é, pertenciam à comunidade de surdos e que usavam a língua de sinais no Brasil -LIBRAS.
Na época, era uma jovem bastante tímida que tinha dificuldade de me comunicar com aqueles que falavam a mesma minha língua, portanto falar com um "estrangeiro" nem pensar! Também só agora sei de tudo isso. Que libras é uma língua e uma língua estrangeira, diferente da usual e da qual a recém aprendi o alfabeto e que, portanto, há muito a aprender.
Em libras os sinais são formados a partir da combinação da forma e movimento das mãos e do ponto no corpo onde esses sinais são feitos, isto é, alguns sinais possuem a mesma configuração de mão com a diferença de que cada uma é produzida em local diferente do corpo. As expressões faciais e corporais são de fundamental importância para o entendimento real do sinal. A entonação na linguagem de sinais é feita pela expressão facial.
Acredito que a pessoa surda tem as mesmas capacidades das ouvintes para desenvolver o físico, o emocional, o cognitivo e o social. O que ocorre é que, infelizmente, muitas vezes, por ignorância tomamos atitudes inadequadas, julgando-as incapazes de compreender o que falamos e por conta disso perdemos a naturalidade e com isso perdemos também a oportunidade de nos relacionar.
Portanto, ao conversar com um surdo jamais viraria o rosto ou baixaria o olhar, pois o diálogo é baseado na comunicação visual, além do que esse gesto significa falta de respeito e consideração e certeza acarreta um baixo sentimento de auto-estima. E, é claro, tentaria de toda a forma possível a comunicação através de gestos, expressões faciais e corporais para me fazer entender e estabelecer o diálogo.
Se caso todos esses recursos não bastassem utilizaria desenhos ou escreveria a mensagem. Se os encontros fossem casuais ou fortuitos, isso seria suficiente, porém se o convívio passasse a acontecer de maneira mais ostensiva, a aprendizagem da língua de libras seria imprescindível. Aprenderíamos na interação um com o outro.

domingo, 20 de setembro de 2009

Domingo *


Esta semana foi caracterizada pela leitura de uma série de textos de várias interdisciplinas, mas com pouca produção textual.

Apenas elaborei a atividade de de Linguagem nem sequer fiz a postagem, por isso, vou postá-la na íntegra para submetê-la a crítica, pois é um assunto que vai dar "muito pano para a manga". Ei-la!

Embora o conceito de letramento tenha surgido no Brasil a partir de 1980, a escola como instituição historicamente encarregada de introduzir a criança no mundo formal da escrita ainda insiste em ignorar tal conceito na sua práxis. Assim sendo, a escola mesmo sendo considerada a mais importante das agências de letramento não valoriza essa prática social, pois considera a alfabetização apenas sob o ponto de vista do processo de aquisição e domínio dos códigos alfabético/numérico.Diz-se que uma criança está alfabetizada quando lê e escreve, porém nem toda criança tida como alfabetizada é considerada letrada porque embora saiba ler e escrever não possui competência necessária no que se refere à apropriação e ao domínio da leitura e da escrita.Uma criança não alfabetizada pode chegar à escola já letrada, pois o letramento inicia-se muito antes, quando a mãe ou alguém da família canta canções de ninar enquanto os embalam e que quando estes já estão maiores contam e lêem histórias infantis que mais tarde com certeza, em algum momento serão recontadas e reinventadas.Não só a família é responsável pelo letramento. Este também acontece em outras circunstâncias e locais, por exemplo, na igreja e na própria e na rua que costumo me referir como sendo a extensão de pátio de suas casas, principalmente para nossas crianças de periferia. A rua, a praça são os lugares do lazer, do lúdico e onde as informações são passadas informalmente, muitas vezes, entrecortadas por risos ou até mesmo pelo choro de um joelho machucado.Portanto, o letramento não é privilégio apenas de crianças de classes sociais e econômicas mais favorecidas, talvez lá, aconteçam de uma forma mais sistematizada, mas não necessariamente. E também não é só privilégio do mundo infantil, pois adultos que reingressam na modalidade de EJA também já trazem, em virtude, de sua experiência de vida adulta e de trabalho esses processo de letramento. Dessa maneira, o professor deve trabalhar para adequar os métodos, conteúdos e processos, num sentido de valorizar essa diversidade. Portanto, letramento/alfabetização favorecem um ao outro com suas finalidades específicas e conjugar esse binômio na escola vai além de um currículo pensado unicamente sob o ponto de vista do professor e estabelece uma relação dialógica entre professor/alunos quer sejam crianças, jovens ou adultos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Também pare que nesse semestre me tornei uma especialista em copiar!!!

Queridas alunas e alunos do Polo de Gravataí

Para quem não pode comparecem na aula presencial de LIBRAS, no dia 08/09/09, no Polo de Gravataí, posso adiantar que pelo entusiasmo dos alunos. As professoras Profas. Carolina Hessel Silveira e Maria Cristina Viana Laguna fizeram um excelente trabalho, houve participação de todos os alunos presente. Vou deixar para a colega Fátima que é a Tutora da Interdisciplina, colocar os detalhes das combinações que por ventura foram estipuladas pelo grupo professoras/alunas(nos). Parabenizo as professoras, alunas e alunos que juntos se alegraram, participaram, tornado as horas aulas agradáveis, na noite de ontem.

Um grande abraço,

Geny Schwartz e Professor Silvestre

PEAD/FACED/UFRGS

Mas copio sem medo nenhum , pois tudo o que é bom, bonito e verdadeiro é Erótico, não no sentido pornográfico, mas no sentido de algo que nos implusiona que nos afeta e nos tornar cada dia mais melhores e a professora Carolina nos deu um belo exemplo, acima de tudo deu um exemplo de vida que nos implusiona a vencer os obstáculos.


*Registrar o que não deu tão certo também é importante!


Pois é, nem tudo são flores! No trabalho sobre Comenius não entendi, ou pelo menos não expressei verbalmente que quando lançou sua obra "Orbis pictus" ( " O mundo em imagens") essa servia para a alfabetização na Língua Materna, semelhante as cartilhas atuais que ainda usamos na alfabetização de nossos alunos, onde o visual, bem como a valorização dos fonemas são altamente explorados.

Além do livro didático, herdamos também a organização por séries e atividades em graus de dificuldade ( do menor para o maior) além, é claro, da democratização do saber. Mas é como muito bem diz a tutora Cristiane, não é porque Comenius deu essa receitinha básica lá no século XVII que não podemos e não devemos inovar em nossa escola atual e na aprendizagem de nossas alunos.

Essa interdisciplina continua a "mexer" muito comigo, principalmente, porque toca num ponto crucial, ou seja, ela age e interage diretamente em nossa prática pedagógica. Estou tentando realizar a atividade sobre "Planejamento" que devo postar até amanhã que além de ter que brigar com a tabela, ou seja com minhas limiações com a tecnologia, tenho que "brigar com minhas limitações quando a tarefa é planejar.

O que é mesmo planejar? Para quem planejar? Será que não me preocupo muito com o "como" e esqueço do que e para quem? será que não me preocupo demais com sua redação bonita, com termos adequados e não esqueço do seu valor prático? Onde entram então os PA? como administrá-los e gerenciá-los, sem perder o foco? ( Como tão bem colocou a colega Vivi no fórum de Seminário Integrador VII - Aprender com o outro).

Bem que falei que esse semestre não seria diferente dos demais. Muitas verdades que pareciam irrefutáveis de repente já não parecem mais e, outras que pareciam irrelevantes , já se tornam relevantes... E isso é ótimo mexe com nossa afetividade e consequentemente com nosso cognitivo, uma vez que Piagt afirma que cognitivo e a afetivo são inseparáveis, andam lado a lado no processo de ensino-aprendizagem.

sábado, 12 de setembro de 2009

Novamente uma postagem no sábado *

É! Parece que postar no sábado já está se transformando em praxe. Não é isso não é que amanhã, domingo, para variar, estou cheia de compromissos e então preciso agilizar meu trabalho. Essa vida social "cansa minha beleza", he,he, he... Bem, vamos ao que interessa!
A interdisciplina de Educação de Jovens e Adulto - EJA - anda mexendo não só comigo como também com minhas colegas, por isso, resolvi transcrever o comentário que enviei a colega Elisângela em provocação feita em meu Blog:

_"Será que na realidade os professores e comunidade escolar tem essa mesma visão que estamos estudando"?

Elisângela com certeza a grande maioria dos professores e comunidade escolar não tem essa visão de EJA que estamos tendo agora. Até porque para o professor de EJA não basta apenas o certificado de magistério, além disso, seu perfil deve ser de alguém que entenda que, na sua maioria o seu público é de alunos que por um motivo ou outro não tiveram oportunidade de estudar no tempo adequdo e que quando reingressam na escola já trazem em sua trajetória de vida resquícios de sofrimentos, mas também uma larga bagagem de experiência de trabalho e de vida cotidiana que precisa ser valorizada e, que inclusive, deve ser incluída no processo ensino-aprendizagem. Bjs Neuza
PS: Adorei sua visita a meu Blog.

12 de Setembro de 2009 12:39

sábado, 5 de setembro de 2009

Trabalhando em grupo


Tivemos nossa primeira aula presencial da Interdisciplina de EJA, na terça-feira, dia 08/09. Durante aula já dividimos as respostas de modo que cada componenete do grupo respondesse a uma das questões que depois serão submetidasa apreciação do grupo onde poderão ser reformuladas de acordo com as necessidades.

A mim coube responder a questão C:
Que relações entre educação e trabalho são propostas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais na Educação de jovens e Adultos?

Citarei apenas algumas considerações:

-Tendo em vista que a maioria dos estudantes da EJ trabalham a modalidade é oferecida, principalmente, à noite.

- A flexibilidade curricular também consiste em uma das característica da EJA que deve enfatizar e valorizar as experiências no que se refer à maneira como trabalham seus tempos e seu cotidiano.

- Tanto a alfabetização quanto a complementação de estudos deve abranger um projeto mais amplo de cidadania, visando a inserção profissional e consequentemente a busca de melhores condições de vida. Portanto, os conteúdos curriculares não podem estar distantes da vivência de trabalho e consequentemente a melhoria de vida, um dos objetivos que estão associados à freqüência desses alunos aos bancos escolares.

Art. 41 da LDB:

" O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos".

Olha eu aí de novo !!! *


Hoje é sábado. Milagre!!! E já estou fazendo minhas postagens no Bloger. Isso tem um motivo muito especial vou aproveitar o feriado para viajar e, por isso, tive que antecipar minhas publicações, pois teho por norma sempre fazê-las aos domingos.Quebrar paradigmas é smpre bom!!!

Hoje, fiz inha primeira postagem sobre a Interdisciplina de Linguagem e Educação, cujo questionamento era o seguinte: Fala-se/lê-se e e escreve-se do mesmo jeito?

É óbvio que não! Tanto quando falamos ou quando escrevemos temos posturas diferentes e também usamos linguagens diferentes.Assim, quando redigimos um texto acadêmico, por exemplo,nos preocupamos em fazê-lo de maneura planejada e obdecendo a certos critéiros e normas. Já quando escrevemos um bilhete ou anotamos um recado não temos essa preocupação. O mesmo acontece quando falamos. Um conversa entre amigos é mais informal do que quando falamos com alguém pela primeira vez.

Também vivemos numa sociedade globalizada onde a variedade de informações e conhecimentos dá-se de forma espontânea. Nossos alunos também tem acesso a toda essa tecnologia e consequentemente a toda essa gama de informações e a escola precisa achar uma maneira de dar conta de toda essa demanda e incorporá-la na sala de aula. Os professores precisam também rever a sua forma de avaliar seus alunos no que se refere a escrit e leitura de seus alunos, sem esquecer de valorizar a oralidade, acreditando sempre, porém que o texto no papel e as relações interpessoais prevalecerão sobre as demais.