sábado, 16 de outubro de 2010

Projeto Político Pedagógico


O Projeto Político Pedagógico é elaborado mediante a participação de todos os segmentos da comunidade escolar: professores, alunos, pais e funcionários para que todos estejam imbuídos e ajam em sintonia para que os objetivos e propostas específicos de determinada escola sejam atingidos. É global, pois envolve a escola toda e toda a escola.

Redigir um projeto pedagógico nos dias de hoje, orientados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, não é tarefa fácil, até porque não há modelos prontos que sirvam como referência e também não são criados espaços para a discussão e elaboração desses projetos que normalmente são realizados dentro de espaço de tempo exíguo, sem que a maioria dos professores e os demais segmentos da comunidade escolar tenham tomado consciência do texto definitivo, daí a dificuldade em se encontrar traços individuais ou características próprias da escola.

O PPP não deve ser definitivo, para que possa voltar constantemente à pauta de estudos para que modificações e alterações sejam acrescentadas, conforme as necessidades e os anseios da comunidade na qual a escola está inserida. Para que isso acontece deve ser nomeada uma comissão encarregada de fazer à revisão e as adaptações necessárias naquele momento. Assim, o PPP deve ser único e próprio, exprimindo o contexto histórico, seja pelo bairro em que a escola se situa, pelo grupo social que representa.

Não há um modelo a ser rigidamente seguido e formatado. Cabe a escola, em sua autonomia, redigir e estabelecer a forma de documento que mais lhe convém, visando sempre o compromisso com a sociedade da qual faz parte e de seus projetos de vida.
O PPP retreta a vida da escola e de toda uma comunidade e, portanto, deve ser algo imanente, real e vivido intensamente por cada um dos membros desta escola. O que nem sempre acontece e seu destino passa a ser o de mais um projeto de gaveta.
É uma ação social comprometida com a formação do cidadão para aquele tipo de sociedade, por isso, diz-se que é também um projeto político. E nele, a muito de sonho e de utopia que deve ser validada mediante outro documento denominado Regimento Escolar onde todas as ações devem vir minuciosamente descritas, não dando margem a erros ou interpretações duvidosas.

Voltei às leituras e reflexões sobre o PPP para dar inicio as considerações finais do TCC conclui que organizar o trabalho pedagógico da escola e da sala de aula é tarefa individual e coletiva de professores, coordenadores, orientadores, supervisores, equipes de apoio e diretores. Para tanto, é fundamental que se sensibilizem com as especificidades, as potencialidades, os saberes, os limites, as possibilidades dos alunos diante do desafio de u a formação voltada para a cidadania, a autonomia e a liberdade responsável de aprender e transformar a realidade de maneira positiva.

A forma como a escola concebe e concebe as necessidades e potencialidades de seus alunos refletem diretamente na organização do trabalho escolar. Por isso, vale ressaltar que como cada escola está inserida em uma realidade com características específicas, não há um único modo de organizar as escolas e as salas de aula.
Claro que não só o educador é responsável pelo modelo de escola e de educação que temos muito menos ele é o único responsável pela organização dos tempos e espaços e tão pouco deveria ser o único responsável pelo desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Todo o esforço da equipe diretiva, do setor pedagógico e demais segmentos deveriam convergir para que isto sucedesse. No mínimo, o professor necessita se sentir apoiado para privilegiar na sala de aula uma educação plena, ampla que permita ao aluno a oportunidade de também desenvolver e manifestar sua plenitude como ser humano.
O educador atual precisa pensar e agir e planejar em consonância com a pluralidade e diversidade de modo a privilegiar a singularidade, isto é, ele precisa administrar a rotina da sala de aula de modo a contemplar os diversos recursos pedagógicos, possibilitando que todos tenham a oportunidade de expressar o seu modo particular de aprender e manifestar o seu saber. Foi com esta finalidade que resolvemos priorizar o lúdico em nossa sala de aula, pois embora não seja a única solução, há um consenso, entre muitos autores que as práticas pedagógicas lúdicas são balizadoras de uma educação transformadora.


BIBLIOGRAFIA

LIBÂNEO,José Carlos. Os campos contemporâneos da Didática e do Currículo:
Aproximações e diferenças. In: OLIVEIRA, Maria Rita N. S. Confluências e divergências entre Didática e Currículo. Ed Papirus, 2002. S. Paulo

FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; SCHÄFFER, Neiva Otero. Projeto Político-Pedagógico, documento de identidade da escola contemporânea. In FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro; MARCHI, Diana Maria; OTERO, Neiva. Teorias e fazeres na escola em mudança. Porto Alegre.

Textos retirados da Interdisciplina de Escola, Pojeto Pedagógico e currículo - EIXO VI.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

FELIZ DIA DOS PROFESSORES

“Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta
da inteligência, um semeador de idéias”. Augusto Cury

Abraços