domingo, 31 de outubro de 2010

Retomando algumas leituras


Em função de alguns ajustes necessários no TCC tive que retomar algumas leituras para abalizar algumas afirmações feitas. Entre elas destaco:

Muitos pesquisadores e estudiosos denominam o século XXI como o “Século da Ludicidade". Apesar, do lúdico, ser o modus vivendi próprio da criança sempre esteve presente na ação humana e na vida adulta. Diversão, prazer e entretenimento são condições extremamente requisitadas pela sociedade.
“Assim, o jogo, a brincadeira, o lazer enquanto atividades livres, gratuitas, são protótipos daquilo que representa a atividade lúdica e longe estão de se reduzir apenas a atividades infantis”. (SÁ, Neusa Maria Carlan, s/d).
O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que significa “jogo”. Felizmente a palavra não ficou confinada somente a esse conceito e recebeu outras imbricações que vão além do simples jogar, brincar e movimentar-se de modo espontâneo.
Viver ludicamente significa uma forma de intervenção no mundo, indica que não apenas estamos inseridos no mundo, mas, sobretudo, que somos ele. Logo, conhecimento, prática e reflexão são as nossas ferramentas para exercermos um protagonismo lúdico ativo. (SÁ, Neusa Maria Carlan s/d).

Assim, o jogo, a brincadeira, o lazer enquanto atividades livres gratuitas são protótipos daquilo que representa a atividade lúdica e longe estão de se reduzir apenas as atividades infantis, por isso a necessidade premente de se refletir sobre o lúdico principalmente como atividade que deve permear a sala de aula. Sem discorrer sobre o lúdico como atividade que está cada vez mais se difundindo como sinônimo de saúde e de bem estar.

Convém para um melhor entendimento sobre o lúdico e sua função no processo de aprendizagem esclarecer alguns conceitos que são facilmente confundidos não só no Brasil como em muitos outros países. Como o conceito de brinquedo e brincadeira.
Assim, de acordo com Kishimoto 2002:
Brinquedo é o suporte de uma brincadeira. É o objeto (concreto ou ideológico).
Brincadeira é a descrição de uma conduta estruturada com regras implícitas ou explícitas.
Ficando deste modo subentendido quando os pesquisadores Pontes e Magalhães referem-se aos brinquedos- ponte como sendo o “brinquedo do brinquedo”, visto que o mesmo é construído com sucata e é uma réplica do original, facilitando deste modo que com crianças de baixa renda que não tenha acesso ao brinquedo original possam replicá-lo.
De forma análoga quando os pesquisadores referem-se à forma branda do brincar como sendo “o brincar de brincar”. Pois nesta modalidade de brincadeira, embora tenha regras estabelecidas ou constituídas, podem ser abrandadas, "facilitadas" para que as crianças menores ou com menos habilidades possam participar da brincadeira junto aos maiores.
Estas combinações e concessões são mediadas entre os participantes da brincadeira naquele momento. As concessões podem ser feitas em função do grau de parentesco dos pequenos com um dos integrantes do grupo e nem sempre são aceitos com bom grado por todos os participantes, mas é a oportunidade que estes tem para aprender a brincadeira de uma forma mais leve e protegida e desenvolver as habilidades necessárias que ocorrem na própria situação do brincar e diminuir a distância de estratificação cultural.

Portanto as formas brandas de brincar também contribuem dessa forma para que a cultura não aconteça de forma restrita, mas desencadear um processo cultural em redes de conexões que se constituem na apropriação da linguagem, da cognição e de atitudes comportamentais e de sociabilidade.

Referências bibliográficas:

SÁ, Neusa Maria Carlan. Conceito de jogo- brinquedo- brincadeira.

PONTES, Fernando Augusto Lemos, MAGALHÃES Celina Maria Colina. A estrutura da brincadeira e a regulação das relações.

2 comentários:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Oi Neuza! Como está o seu TCC? Em fase final? Alguma dificuldade?

Beijão

Neuza Terezinha da Rocha disse...

TUDO BEM. UM BEIJÃO